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domingo, 27 de abril de 2014

Jovem larga tudo e vira 'pai' de avó com Alzheimer; história será contada em livro

27   de Abril  de  2014   Postador  por   jrnewsbahia:
O estudante Fernando Aguzzoli decidiu dividir com milhares de seguidores a experiência de virar o pai da própria avó. O jovem largou tudo, o que incluiu faculdade e emprego, para cuidar da avó que tem Alzheimer. A experiência fez tanto sucesso que vai virar livro. A história de Fernando Aguzzoli, de 22 anos, e sua avó  Nilva Aguzzoli, de 79 anos, começou em janeiro de 2013. Aos 21 anos, o jovem de Porto Alegre abandonou o curso de filosofia e o trabalho para passar 24 horas ao lado da Vovó Nilva, como ficou conhecida nas redes sociais. Ela passou a ter o neto como cuidador em tempo integral. "Desde o início da doença, eu e meus pais sempre cuidamos, mas, em 2013, quando percebi que ela estava chegando a um estágio mais avançado da doença, pensei que, em breve, ela poderia nem nos reconhecer mais, e decidi que queria ficar direto com ela. A partir daí, tomei a decisão de levar tudo na esportiva", relata Fernando. No mesmo ano, em setembro, o jovem criou uma página no Facebook e passou a relatar de forma bem-humorada histórias do cotidiano de uma família com um membro com Alzheimer. Nos posts, os esquecimentos da Vovó Nilva viravam motivo de risada."Foi superpositivo para mim, para ela e para os meus pais. A realidade dela era completamente diferente, mas era muito bonita. As coisas eram lindas, as pessoas não morreram. Quem sou eu para tirar isso dela?", diz. Com a boa acolhida das histórias na web, Fernando e a avó passaram a escrever um livro que, além de contar as histórias engraçadas, terá dicas de como a família pode lidar com diversas situações vividas por um paciente com a doença. A iniciativa atraiu a atenção de médicos do Rio Grande do Sul, que participam da publicação com orientações técnicas. O livro deve ser lançado em setembro. Mesmo com a morte da Vovó Nilva em dezembro, por complicações de uma infecção urinária, Fernando decidiu manter a página na internet, que hoje já tem 15 mil seguidores. "Mantive por consideração às pessoas que me deram apoio, pela escassez de informações sobre a doença e, principalmente, porque é uma forma de deixar a minha avó viva."

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