Passagens aéreas de ida e volta para Miami, partindo de
Guarulhos, podem sair por US$ 400. E até menos. O preço,
consideravelmente mais baixo que os normalmente praticados, que costumam
custar o dobro ou mais, é encontrado em sites que comparam tarifas de
diferentes companhias. São as promoções-relâmpago, ofertas que duram
pouco tempo e só conseguem ser aproveitadas pelos mais atentos. Apesar
de serem vistas com facilidade nos principais portais de pesquisa de
passagens, as ofertas repentinas, segundo o vice-presidente da
Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), Leonel Rossi
Júnior, são, acima de tudo, jogadas de marketing. “Nem sempre é fácil
conseguir, é necessário um pouco de paciência, atenção e sorte. Para o
grande público como um todo é algo complicado de obter. No fundo, é mais
para efeito publicitário do que qualquer outra coisa”, acredita,
ressaltando ainda que ele próprio já tentou comprar este tipo de
bilhete, mas não foi bem-sucedido.
Para
Leonel, a oferta de voos a um custo mais baixo está relacionada a uma
estagnação no mercado. “As companhias aéreas se programaram para uma
expansão da demanda na época das férias escolares no Brasil, porém isso
não se concretizou. Assim, obedecendo à lei da oferta e da procura, eles
reduzem os preços”, explica Leonel. Tradicionalmente,
agosto é um mês de poucas viagens, o que também contribui para a
ocorrência do fenômeno. No entanto, para aqueles que têm
disponibilidade, é uma época de preços reduzidos. “Algumas pessoas, em
função dos filhos, só podem viajar nas férias escolares. Para outras,
esse período é uma alternativa em que o custo é menor, os voos estão
mais vazios e alguns pontos turísticos têm menos movimento”, esclarece o
vice-presidente.
Mas
nem todos os destinos nos Estados Unidos estão lá muito calmos. O
motivo é o recesso das instituições de ensino do país. Neste cenário,
nem todos os roteiros são altamente recomendáveis. “Parques de diversões
da Flórida tendem a estar muito cheios. Recomendo roteiros que passem
por Nova York, por Washington ou pela Califórnia como um todo”, indica. “E
ainda existem outras opções. Por aqui, se começou a perceber há pouco
que os Estados Unidos não são apenas Miami, Orlando e Nova York”,
afirma. Apenas no ano passado, mais de 1,5 milhão de brasileiros
viajaram até a economia mais poderosa do mundo.
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