
Acusada de
vender pacotes de tecnologia VoIP para mascarar o crime de pirâmide
financeira, a Telexfree (Ympactus Comercial) iniciou suas atividades em
um ramo completamente diferente. O registro da empresa na Junta
Comercial do Espírito Santo (Jucees), em 2010, revela que ela surgiu com
o objetivo de comercializar cosméticos, produtos de perfumaria e de
higiene pessoal no varejo. Procurada, a Telexfree não explicou o porquê
da mudança drástica no foco comercial da empresa, em 2012. A Jucees, por
sua vez, informou somente que empresas podem fazer esse tipo de
alteração nos seus objetivos sociais, desde que a municipalidade permita
a realização das atividades sugeridas. Nesta semana, a empresa concluiu
uma nova alteração em seu contrato social: deixou de ser a Ympactus
Comercial LTDA para se tornar a Ympactus Comercial S/A. A mudança de
natureza jurídica de sociedade limitada para sociedade anônima foi
confirmada pela Jucees ontem.
A modificação é vista com ressalvas pelos Ministérios Públicos que investigam a companhia. Para o Ministério Público do Estado (MPES), a manobra é uma forma de tentar pulverizar culpas por possíveis crimes cometidos. O promotor Saint'Clair Nascimento Junior sustenta que ao se tornar uma sociedade anônima, dificulta-se o apontamento de responsabilidades de sócios e execução de bens. A promotora do MP do Acre, Alessandra Marques, teme que, com a mudança, divulgadores da Telexfree sejam convidados pela direção da empresa a fazer parte do quadro societário. “Há notícias informais de que querem transformar investidores em acionistas. Aí eles não terão o que pagar aos acionistas, já que eles se tornarão donos da empresa. É uma bomba na cabeça deles”, disse. A promotora acrescentou que a alteração não muda nada nos processos aos quais ela responde, já que eles foram iniciados quando a firma ainda era uma empresa LTDA. Mesmo assim, para Alessandra Marques, a manobra é suspeita. “A cada dia eles se complicam mais. A verdade é essa”, comentou a promotora. (Gazetaonline)
A modificação é vista com ressalvas pelos Ministérios Públicos que investigam a companhia. Para o Ministério Público do Estado (MPES), a manobra é uma forma de tentar pulverizar culpas por possíveis crimes cometidos. O promotor Saint'Clair Nascimento Junior sustenta que ao se tornar uma sociedade anônima, dificulta-se o apontamento de responsabilidades de sócios e execução de bens. A promotora do MP do Acre, Alessandra Marques, teme que, com a mudança, divulgadores da Telexfree sejam convidados pela direção da empresa a fazer parte do quadro societário. “Há notícias informais de que querem transformar investidores em acionistas. Aí eles não terão o que pagar aos acionistas, já que eles se tornarão donos da empresa. É uma bomba na cabeça deles”, disse. A promotora acrescentou que a alteração não muda nada nos processos aos quais ela responde, já que eles foram iniciados quando a firma ainda era uma empresa LTDA. Mesmo assim, para Alessandra Marques, a manobra é suspeita. “A cada dia eles se complicam mais. A verdade é essa”, comentou a promotora. (Gazetaonline)
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