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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Banco Central fecha Banco Rural, envolvido no caso do mensalão

O Banco Central do Brasil decretou, nesta sexta-feira (2), a liquidação extrajudicial do Banco Rural S.A., com sede em Belo Horizonte, "em decorrência do comprometimento da sua situação econômico-financeira e da falta de um plano viável para a recuperação da situação do banco". O banco esteve envolvido no caso do mensalão. No julgamento do caso, que levou quatro meses e meio e terminou em dezembro passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) chegou à conclusão de que, no início do primeiro mandato do ex-presidente Lula, houve um esquema de desvio de dinheiro público e empréstimos fictícios para a compra de votos de parlamentares em apoio ao governo federal. A condenação dos principais executivos do Banco Rural no mensalão e as sucessivas derrotas judiciais em falências de empresas como Petroforte e Vasp causaram grandes perdas ao banco. De acordo com nota divulgada pelo BC, "o ato abrange, por extensão, as demais empresas do Conglomerado Financeiro Rural: o Banco Rural de Investimentos S.A.; o Banco Rural Mais S.A.; o Banco Simples S.A.; e a Rural Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A". De porte pequeno, o Banco Rural detinha, em março, 0,07% dos ativos e 0,13% dos depósitos do sistema financeiro.
O Banco Central afirma que irá tomar todas as medidas cabíveis para apurar as responsabilidades legais para garantir os direitos dos correntistas. Os bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição vão ficar indisponíveis, segundo a autoridade monetária. Três ex-dirigentes do Banco Rural --Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane-- foram condenados por participar do chamado núcleo financeiro do mensalão. As penas somadas passam de 42 anos, além de multa de R$ 3,1 milhões, com correção monetária. Outra executiva do banco, Ayanna Tenório foi absolvida pelo STF. (Uol)

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