Foto: Reprodução
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, contou nesta
sexta-feira (30) "uma história" na qual citou os salários milionários
dos magistrados da Corte Suprema de Cingapura para tentar justificar o
pedido de aumento feito por ele na quinta-feira (29) ao Congresso.
Barbosa encaminhou uma proposta para que os salários dos ministros do
Supremo cresçam dos atuais R$ 28.059 para R$ 30.658. O reajuste de cerca
de 9% supera o índice pactuado e aprovado em lei no ano passado. Por
essa lei, os magistrados teriam aumentos anuais de 5% - a inflação
projetada pelo mercado para este ano não chega a 6%. O presidente do STF
afirmou na quinta que o aumento proposto é necessário para se adequar
"à realidade econômica do País". Segundo o Estadão, nesta sexta-feira de
bom humor após receber na Associação Comercial do Rio de Janeiro um
prêmio de ética batizado com o nome do ex-presidente José Alencar, que
morreu em 2011, Barbosa primeiro se recusou a falar sobre o pedido de
aumento. "Sobre salário, eu não queria falar não", disse o presidente do
Supremo. Em seguida, virou-se para um assessor que o acompanhava e
perguntou: "Posso contar a história da Alemanha?" Diante da anuência do
auxiliar, o ministro afirmou: "Não vou responder (sobre salários), mas
vou contar para vocês uma história, já falei para várias pessoas." Foi
então que começou a falar sobre um episódio ocorrido três anos atrás na
Alemanha, a respeito dos salários dos magistrados de Cingapura. Após
concluir sua história, Barbosa foi questionado por um repórter: "Isso é
ético?".
0 comentários:
Postar um comentário