O
ex-editor de fotografia da Playboy, Sérgio Picciarelli, de 58 anos,
comentou o trabalho que desenvolveu na publicação nos últimos 13 anos
promovendo alterações no corpo de dezenas de artistas brasileiras
através de programas de computador. Em entrevista concedida à Folha de
S. Paulo, ele diz que o trabalho é bem menos glamouroso do que parece e
afirma: "Nunca tive ereção vendo a 'Playboy'. As fotos, pra mim, são
sinônimo de muita pressão e atenção". Já
passaram pelo olhar atento e pelas mãos de Sérgio beldades como Grazi
Massafera, Juliana Paes e Adriane Galisteu, além de Vera Fischer e Maitê
Proença. Acostumado a corrigir detalhes, alterar o tamanho dos seios (e
padronizar o seu volume) e retirar todas as gordurinhas para garantir a
foto "perfeita", Sérgio está familiarizado com as imperfeições de
diversas musas e manda uma mensagem às mulheres: "Fiquem tranquilas,
todo mundo tem espinha, celulite, os clitóris nem sempre são de Barbie.
Assim como a mulher escolhe um vestido que deixa o corpo mais bonito
para uma festa, trato as fotos para que elas fiquem mais bacanas numa
situação especial".
- Na foto Grazi Massafera
Ele
revela ainda que tem trabalho para remover as cicatrizes da maioria das
mulheres que adicionaram silicone aos seios e tem pesadelos com as
peles exageradamente queimadas de sol. Das musas que já passaram pela
sua edição, ele destaca a atriz Flávia Alessandra e a ex-BBB Cacau:
"Quase não tive trabalho com elas", afirma à publicação. Apesar
de poder ver em primeira mão as fotografias, ele garante que o trabalho
não é assim tão bom: "O pessoal acha que eu vivo rodeado por mulheres
peladas. Mas, no fim, você aguenta uma pressão enorme, passa madrugadas
acordado e não recebe nem um obrigado. Mentira a Cleo Pires uma vez me
mandou um beijo durante uma entrevista na televisão", brinca.
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