29 de Setembro de 2013
Um grupo de aproximadamente 200 manifestantes, segundo estimativa da Polícia Militar, participou neste sábado (28) em
Ribeirão Preto (SP)
da “Marcha das Vadias”, defendendo a liberdade sexual feminina, a
legalização do aborto e políticas públicas de combate à violência contra
a mulher. A data para o protesto - que surgiu no Canadá - foi escolhida
para coincidir com o Dia Latino-Americano e Caribenho pela
Descriminalização e Legalização do Aborto. Segundo as integrantes do
protesto, o percurso pelas ruas do centro da cidade chegou a ser
repudiado por parte do público, mas não registrou ocorrências de
agressão.
Mobilizadas pela Frente
Feminista de Ribeirão Preto e por outras organizações sociais, as
participantes se concentraram em frente ao Theatro Pedro II a partir das
10h, com cartazes e corpos pintados com mensagens de protesto. Além de
manifestantes com lingerie e seios à mostra, o protesto teve
participação de homens usando saias e crianças - filhas de integrantes
do ato. Foram repudiados o preconceito sexual e a atual legislação que
regulamenta o aborto para casos específicos, como para mulheres que
engravidaram vítimas de abuso sexual. Em frente à Catedral de São
Sebastião, os participantes fizeram uma encenação a favor do aborto
"legalizado e seguro". A Igreja Católica informou que não vai se
manifestar sobre a ação do grupo.
- No local, houve pichação e algumas mulheres mostraram os seios
“O
Brasil não tem uma legalização completa sobre o aborto. Abrange só
mulheres que foram estupradas, com bebês anencéfalos e mulheres que
correm risco de vida. A gente quer a descriminalização do aborto. Isso
também é uma tomada de liberdade da compreensão de que a mulher é dona
do seu corpo”, afirmou a professora de história Helena Ferreira, de 24
anos, integrante da Frente Feminista de Ribeirão. Ela
confirmou que este foi o primeiro protesto da Frente Feminina na
cidade. A polêmica em torno do aborto e os problemas relacionados à
violência contra a mulher também são observados em Ribeirão, afirma a
professora, que periodicamente se reúne com outras adeptas da “Frente”
para discutir questões de interesse feminino. “Em Ribeirão Preto há
discriminação com relação aos médicos que fazem o aborto, considerados
assassinos.” (G1)
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