Gols:
Vargas
24ª RODADA
Dida brilha, Vargas marca, e Grêmio bate São Paulo no Morumbi
Goleiro pega tudo, e gaúchos quebram série ruim de resultados com chance única no ataque. Paulistas reclamam de pênalti
Renato Gaúcho foi um dos maiores atacantes do futebol brasileiro entre
os anos 80 e 90. Rápido e habilidoso, fez história ao dar um Mundial ao
Grêmio e conquistar incontáveis títulos por outros clubes. Mas não
espere que seus times joguem como ele. Neste domingo, com uma grande
exibição de Dida e apenas uma chance de gol, o Tricolor gaúcho bateu o
São Paulo por 1 a 0, no Morumbi, e voltou a vencer no Campeonato
Brasileiro.
- Não é possível que ele (Heber Roberto Lopes) não tenha visto. Todo mundo viu que foi mão. E o pior é que ele nem vai assumir - reclamou Rogério Ceni, 40 anos, um a mais que Dida e com a coincidência de ambos terem sido reservas de Marcos na conquista do penta com a Seleção, em 2002.
Já o São Paulo se complica. E muito. Depois de três vitórias com Muricy Ramalho, o time já acumula outras três partidas sem vencer. Os paulistas seguem com 27 pontos, a uma posição da zona do rebaixamento. A equipe enfrenta o Santos, quarta-feira, às 22h, na Vila Belmiro.
Entra jogo, sai jogo, e o São Paulo continua com enormes dificuldades para fazer gols. Nervosismo, deficiência técnica, azar. As justificativas podem ser as mais variadas para um time que tem dois grandes armadores, raridade no futebol brasileiro, mas não consegue concretizar o que cria. O Grêmio, satisfeitíssimo com o empate, fez de tudo para segurá-lo e se apegou a uma grande exibição de Dida até o intervalo.
O goleiro foi um gigante. Luis Fabiano que o diga. Apesar da retranca montada por Renato Portaluppi, o São Paulo conseguiu chegar várias vezes com perigo. Logo aos dois minutos, Osvaldo cruzou da esquerda, Alex Telles não cortou e a bola sobrou para o Fabuloso chutar forte. Dida defendeu, soltou e conseguiu evitar que ela entrasse após passar por baixo de seu corpo.
O 4-3-3 do Grêmio não passava de teoria. Vargas jogou aberto pela esquerda para impedir que o lado direito rival avançasse. Com Souza, Riveros e Ramiro no meio, os gaúchos só marcaram. Kleber e Barcos ficaram isolados na frente e quase não produziram. O Gladiador, em uma guerra constante com os defensores, ainda tentou um chute da entrada da área. Sem perigo.
O São Paulo cresceu quando Jadson, Ganso e Luis Fabiano se aproximaram no gramado. Com toques rápidos, abriram a defesa adversária, e os paulistas criaram novamente. Por azar, Dida voltou a aparecer de novo. Outra vez, com o Fabuloso recebendo passe na área e parando em grande defesa do veterano. Antes do fim, foi a vez de Wellington disparar de trás, aplicar um drible da vaca em Pará e chutar com desvio perto da trave. Seria um golaço.
O São Paulo voltou para o segundo tempo com o mesmo ímpeto ofensivo. A velocidade do ataque permitiu que o time chegasse bem à área rival. Dida, porém, não queria facilitar. Primeiro, voltou a parar Luis Fabiano em chute cruzado. Depois, segurou a batida de Paulo Miranda e ainda impediu que Douglas marcasse. Era o dia dele.
O Tricolor local entrou em desespero em virtude de um pênalti não marcado. Reinaldo cobrou falta, e Kleber esticou o braço acima da cabeça e desviou a bola. Heber Roberto Lopes ignorou. O castigo veio logo em seguida, aos 23. Em um de seus poucos ataques, o Grêmio ficou em vantagem. Alex Telles avançou pela esquerda, evitou que a bola saísse pela linha de fundo e cruzou. Vargas se antecipou aos zagueiros e desviou de cabeça no canto direito.
O São Paulo foi com tudo para cima, mas sem tanta organização não conseguiu sufocar como antes. Dida continuou jogando muito. Mesmo quando não precisou se desdobrar, parecia ter traves abençoadas. Foi assim quando Rodrigo Caio ficou com a bola livre na área e chutou para fora, levando ao desespero os mais de 41 mil torcedores presentes.
Nos minutos finais, os paulistas pareciam aceitar a derrota. Por mais que tentassem, nada era capaz de colocar a bola nas redes. Rogério Ceni ainda tentou em nova cobrança de falta. Dida, outra vez, pegou. Na chance final, Antônio Carlos aproveitou escanteio, desviou, mas a bola passou rente à trave e saiu.
Vargas comemora o gol da vitória do Grêmio (Foto: Roberto Vazquez / Futura Press)
Dida parece ficar ainda maior que seus 1,95m quando está no Morumbi.
Vira uma barreira, uma muralha intransponível para atrapalhar o São
Paulo. Se em 1999, pelo Corinthians, pegou dois pênaltis de Raí, agora
segurou um time todo. Pegou tudo, principalmente de Luis Fabiano. De seu
campo, viu Vargas ganhar da zaga de cabeça após cruzamento de Alex
Telles e garantir a vitória. Os são-paulinos reclamam de pênalti em
toque de mão de Kleber após falta batida por Reinaldo.- Não é possível que ele (Heber Roberto Lopes) não tenha visto. Todo mundo viu que foi mão. E o pior é que ele nem vai assumir - reclamou Rogério Ceni, 40 anos, um a mais que Dida e com a coincidência de ambos terem sido reservas de Marcos na conquista do penta com a Seleção, em 2002.
saiba mais
O Grêmio volta a triunfar depois de quatro partidas de jejum. Mais do
que isso, renasce na briga pelo título nacional, somando agora 42
pontos, em segundo, e dá um passo importante para, pelo menos, se
classificar para a Taça Libertadores de 2014. Na quarta-feira, faz um
confronto direto contra o Atlético-PR, às 19h30m, na Arena.Já o São Paulo se complica. E muito. Depois de três vitórias com Muricy Ramalho, o time já acumula outras três partidas sem vencer. Os paulistas seguem com 27 pontos, a uma posição da zona do rebaixamento. A equipe enfrenta o Santos, quarta-feira, às 22h, na Vila Belmiro.
Rafael Toloi e Vargas, em lance do jogo São Paulo x Grêmio (Foto: Márcio Fernandes / Agência Estado)
Dida salva o GrêmioEntra jogo, sai jogo, e o São Paulo continua com enormes dificuldades para fazer gols. Nervosismo, deficiência técnica, azar. As justificativas podem ser as mais variadas para um time que tem dois grandes armadores, raridade no futebol brasileiro, mas não consegue concretizar o que cria. O Grêmio, satisfeitíssimo com o empate, fez de tudo para segurá-lo e se apegou a uma grande exibição de Dida até o intervalo.
O goleiro foi um gigante. Luis Fabiano que o diga. Apesar da retranca montada por Renato Portaluppi, o São Paulo conseguiu chegar várias vezes com perigo. Logo aos dois minutos, Osvaldo cruzou da esquerda, Alex Telles não cortou e a bola sobrou para o Fabuloso chutar forte. Dida defendeu, soltou e conseguiu evitar que ela entrasse após passar por baixo de seu corpo.
O 4-3-3 do Grêmio não passava de teoria. Vargas jogou aberto pela esquerda para impedir que o lado direito rival avançasse. Com Souza, Riveros e Ramiro no meio, os gaúchos só marcaram. Kleber e Barcos ficaram isolados na frente e quase não produziram. O Gladiador, em uma guerra constante com os defensores, ainda tentou um chute da entrada da área. Sem perigo.
O São Paulo cresceu quando Jadson, Ganso e Luis Fabiano se aproximaram no gramado. Com toques rápidos, abriram a defesa adversária, e os paulistas criaram novamente. Por azar, Dida voltou a aparecer de novo. Outra vez, com o Fabuloso recebendo passe na área e parando em grande defesa do veterano. Antes do fim, foi a vez de Wellington disparar de trás, aplicar um drible da vaca em Pará e chutar com desvio perto da trave. Seria um golaço.
Luis Fabiano lamenta chance perdida diante de Dida (Foto: Roberto Vazquez / Agência Estado)
Grêmio: uma chance, três pontosO São Paulo voltou para o segundo tempo com o mesmo ímpeto ofensivo. A velocidade do ataque permitiu que o time chegasse bem à área rival. Dida, porém, não queria facilitar. Primeiro, voltou a parar Luis Fabiano em chute cruzado. Depois, segurou a batida de Paulo Miranda e ainda impediu que Douglas marcasse. Era o dia dele.
O Tricolor local entrou em desespero em virtude de um pênalti não marcado. Reinaldo cobrou falta, e Kleber esticou o braço acima da cabeça e desviou a bola. Heber Roberto Lopes ignorou. O castigo veio logo em seguida, aos 23. Em um de seus poucos ataques, o Grêmio ficou em vantagem. Alex Telles avançou pela esquerda, evitou que a bola saísse pela linha de fundo e cruzou. Vargas se antecipou aos zagueiros e desviou de cabeça no canto direito.
O São Paulo foi com tudo para cima, mas sem tanta organização não conseguiu sufocar como antes. Dida continuou jogando muito. Mesmo quando não precisou se desdobrar, parecia ter traves abençoadas. Foi assim quando Rodrigo Caio ficou com a bola livre na área e chutou para fora, levando ao desespero os mais de 41 mil torcedores presentes.
Nos minutos finais, os paulistas pareciam aceitar a derrota. Por mais que tentassem, nada era capaz de colocar a bola nas redes. Rogério Ceni ainda tentou em nova cobrança de falta. Dida, outra vez, pegou. Na chance final, Antônio Carlos aproveitou escanteio, desviou, mas a bola passou rente à trave e saiu.
Rogerio Ceni lamenta (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
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