30 de Outubro de 2013 - Postado por: JRNEWS
A definição de uma fórmula de reajuste da gasolina e do diesel, para
reforçar o caixa da Petrobras e garantir o cumprimento de seu plano de
investimento, causou desconforto entre a estatal e o Ministério da
Fazenda. A equipe econômica concorda em criar um mecanismo que dê
"previsibilidade" para a Petrobras, mas não gostou da forma como o
assunto foi tornado público nem do modelo aprovado pela diretoria da
empresa. Na avaliação de assessores presidenciais, a Petrobras
pressionou "publicamente" o governo a aprovar sua proposta o quanto
antes, quando ainda não havia autorização final para o modelo sugerido
pela diretoria da estatal. Irritou o Ministério da Fazenda a forma como a
Petrobras discutiu o tema na mais recente reunião do conselho de
administração, registrando em ata que a diretoria da empresa havia
aprovado uma fórmula de reajuste automático para gasolina e diesel. Com
isso, a informação acabou sendo repassada oficialmente ao mercado por
meio de fato relevante. Nele, a estatal diz que sua "diretoria-executiva
deliberou sobre uma metodologia de precificação a ser praticada pela
companhia", que foi "apresentada ao conselho de administração, que
determinou a elaboração de simulações adicionais e estabeleceu o prazo
de 22 de novembro para sua consideração". Na visão do governo, não havia
motivos para divulgar oficialmente ao mercado acionário uma proposta
que ainda não estava finalizada e que está sujeita a ajustes. (Folha)
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