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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Inquérito indicia 10 policiais por tortura seguida de morte no caso Amarildo

02 de Outubro de 2013
Inquérito indicia 10 policiais por tortura seguida de morte no caso Amarildo
Major Edson Santos é um dos dez PMs indiciados
O ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde 14 de julho foi submetido a choques elétricos e asfixiado com saco plástico. A conclusão é do inquérito da Divisão de Homícidios da Policia Civil fluminense que indiciou dez policiais militares da Unidade de Policia Pacificadora (UPP) da Rocinha pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver. Segundo a polícia, por ser epilético, Amarildo não resistiu à sessão de tortura, ocorrida em um dos contêineres da UPP. Ainda de acordo com o inquérito, o major Edson Santos e seus comandados pretendiam arrancar dele informações sobre a localização de armas e traficantes da parte baixa da favela, onde o ajudante de pedreiro vivia com a família. Outros três moradores da comunidade denunciaram que foram torturados dentro da mesma unidade por policiais. Oficial formado pelo Bope, Santos era o comandante da unidade quando do sumiço do trabalhador. Foi dele também a informação à família de Amarildo de que o pedreiro teria deixado a sede da UPP, pouco depois de ter a identidade checada. A sobrinha de Amarildo, Michelle Lacerda, declarou que o caso servirá para que a polícia aprenda a respeitar moradores que vivem em comunidades pobres da cidade: "A prisão desses policiais servirá para que entendam que na comunidade moram seres humanos, que também têm direitos e que sabem correr atrás para garantir o respeito a esses direitos", afirmou Michelle ao Globo.  

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