Major Edson Santos é um dos dez PMs indiciados
O
ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde 14 de julho
foi submetido a choques elétricos e asfixiado com saco plástico. A
conclusão é do inquérito da Divisão de Homícidios da Policia Civil
fluminense que indiciou dez policiais militares da Unidade de Policia
Pacificadora (UPP) da Rocinha pelos crimes de tortura seguida de morte e
ocultação de cadáver. Segundo a polícia, por ser epilético, Amarildo
não resistiu à sessão de tortura, ocorrida em um dos contêineres da UPP.
Ainda de acordo com o inquérito, o major Edson Santos e seus comandados
pretendiam arrancar dele informações sobre a localização de armas e
traficantes da parte baixa da favela, onde o ajudante de pedreiro vivia
com a família. Outros três moradores da comunidade denunciaram que foram
torturados dentro da mesma unidade por policiais. Oficial formado pelo
Bope, Santos era o comandante da unidade quando do sumiço do
trabalhador. Foi dele também a informação à família de Amarildo de que o
pedreiro teria deixado a sede da UPP, pouco depois de ter a identidade
checada. A sobrinha de Amarildo, Michelle Lacerda, declarou que o caso
servirá para que a polícia aprenda a respeitar moradores que vivem em
comunidades pobres da cidade: "A prisão desses policiais servirá para
que entendam que na comunidade moram seres humanos, que também têm
direitos e que sabem correr atrás para garantir o respeito a esses
direitos", afirmou Michelle ao Globo.
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