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sábado, 26 de outubro de 2013

Salvador: Jovem queima perna em moto e faz Enem com 'dor horrível'

26 de Outubro de 2013
O primeiro desafio enfrentado por muitos candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Salvador (BA) neste sábado foi o trânsito da cidade, reconhecidamente problemático. Muitos candidatos chegaram a perder a prova, mas houve também outras consequências, como no caso da estudante Lílian Rigotti, 17 anos. Ela iria para a Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA) com o pai, mas desistiu da carona durante um grande congestionamento na avenida ACM. "Estava tudo parado e desci para pegar um mototaxi. Acabei queimando minha perna e fazendo a prova com uma dor terrível", contou, mostrando a marca na parte interna do joelho. Ainda indecisa entre os cursos de arquitetura, comunicação social e filosofia, ela prefere esperar os resultados do Enem para definir seu futuro profissional. Já o colega de sala Lucas Ramos, 17 anos, aposta na faculdade de direito sem pestanejar. Filho de empresários, ele garante que tomou a decisão sozinho, mas conta com o apoio dos pais. "Eles gostaram da minha escolha e sem pressão é mais fácil. Também conta o fato de que eu estudei muito." Sobre pressão familiar, Lucas Lenon, 20 anos, entende. Em 2012, prestou vestibular para engenharia mecânica para agradar a família, mas só passou na primeira etapa. Depois da decepção, resolveu investir em sua paixão, a odontologia. O curso em uma faculdade particular custa R$ 2.156 mensais e sua meta com o Enem é conseguir uma vaga na UFBA. "É claro que uma bolsa ajudaria na questão financeira, mas não é só isso. Quero também o melhor curso que eu possa ter", explicou.A jovem disse que ficou sentido uma 'dor horrível' durante todo o exame. Para Luane Conceição Nascimento, 17 anos, a bolsa é o suficiente. Ela estuda design gráfico em uma faculdade privada e é beneficiária do FIES, mas espera se livrar do financiamento com um bom resultado na prova. Egressa da rede pública de ensino, Luane teme os resultados de domingo, especialmente em matemática. "Fiz terceiro ano em 2012, quando os professores ficaram quatro meses de greve, e mesmo fora dela, não davam aula. Me sinto prejudicada perante os outros candidatos", lamenta.
Mais despreocupado, Leon Borges, 18 anos, está fazendo a prova pela segunda vez. Em 2012 conseguiu marcar 720 pontos, uma nota alta diante da média, mas preferiu não se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) por estar em dúvida entre os cursos de medicina, psicologia e gastronomia. "Eram coisas tão diferentes que eu vi que precisava pensar mais. Usei esse ano para conhecer a realidade de cada profissão e continuar estudando. Agora que sei que a gastronomia é a profissão que eu quero." Leon contou com o apoio da amiga, Lorena Santana, 15 anos, que fez o Enem pela primeira vez como treineira. Empenhada em conseguir vaga em uma faculdade pública, o que tem se tornado mais difícil para estudantes de escolas privadas por causa do sistema de cotas, ela diz que quer conhecer bem o mecanismo do exame para passar de primeira depois de concluir o ensino médio. "Quero ganhar experiência para ter liberdade de escolher depois." (Terra)

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