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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Baianas de acarajé vão protestar contra a proibição de venda na areia das praias

25  de  Novembro de  2013  Postado por: jrnewsbahia



Baianas de acarajé vão fazer um abraço de silêncio em protesto à proibição de atuarem nas praias pela Justiça. O ato é hoje, no dia da categoria, na sede da prefeitura Municipal de Salvador, localizada no Centro Histórico, marcado para depois da missa em ação de graças pela data, a ser realizada às 9 horas, na Igreja Rosário dos Pretos, na  Ladeira do Pelourinho, quando as baianas sairão da paróquia em cortejo até a Praça Municipal. “Já reivindicamos tanto, através de encontros, protestos e nada mudou. Quem sabe se no silêncio não resolvem a situação”, afirma Rita Ventura, presidente da Associação das Baianas de Acarajé e Mingaus(ABAM), destacando que  a categoria não tem o que comemorar nesta data em virtude desta proibição, por parte do Ministério Público, de venderem acarajé nas praias de Salvador, o que vai gerar desemprego para cerca de 430 profissionais que trabalham há mais de 60 anos no local,  já que somente 120 poderão trabalhar na calçada. A proibição de frituras na praia do famoso bolinho considerado por lei como Patrimônio Cultural Imaterial aconteceu há cerca de um mês e a decisão tem como responsável o juiz Carlos D´Ávila, titular da 13ª Vara da Justiça Federal. A argumentação do juiz é de que o azeite de dendê, sendo usado durante a confecção do produto, em contato com a areia, pode poluir o meio ambiente. De acordo com Rita Ventura, na sexta-feira passada, “entramos com o pedido de embargamento desta decisão com uma ação civil pública para manter as baianas no local de trabalho. E na terça-feira (26) estarei em Brasília para um encontro e vou aproveitar para apelar à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e à Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) para interceder por nós. Como vão ficar mais de 430 baianas sem o seu sustento, para onde vão estas mulheres que já fizeram pontos nestes locais, onde irão trabalhar?”, indaga Rita emocionada. Ela conta que vai ter que recorrer a Brasília porque não encontrou apoio de nenhuma autoridade na Bahia. “A prefeitura não se pronuncia nem o governo do estado. Acho engraçado que na hora que eles querem fazer propaganda para atrair turistas sempre as baianas que são destaques”,desabafou a presidente da entidade.

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