03 de Novembro de 2013 Postado por: JRNEWS
Os últimos dois meses do ano são o período em que as escolas
particulares de ensino infantil, fundamental, médio e superior divulgam
aos pais dos alunos o valor do reajuste na mensalidade para o ano
seguinte. Mas entidades ligadas aos direitos dos consumidores e aos
sindicatos das escolas alertam que os pais devem ficar atentos para
aumentos abusivos e entender as justificativas que os colégios dão para
os novos valores. Segundo Selma do Amaral, diretora de atendimento da
Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP), a
legislação que regulamenta a cobrança pela prestação de serviços (Lei
Federal nº 9.870/1999) permite que as escolas repassem aos alunos alguns
de seus gastos para manter a prestação de serviços. Entre esses custos
estão os impostos, a folha de pagamento de funcionários e professores,
outros gastos administrativos gerais e investimentos com a estrutura
didático-pedagógica do colégio, como a construção de um laboratório ou
de uma biblioteca.Amábile Pacios, presidente da Federação Nacional de
Escolas Particulares (Fenep), dá um exemplo de melhoria pedagógica.
"Vamos supor que a escola em 2014 vai construir uma piscina e passar a
dar aula de natação, então esse custo pode ser repassado, com a obra, a
contratação de professores, os materias", explicou. Porém, há outros
gastos e investimentos dos donos da escola que não podem ser
distribuídos entre os pais dos alunos matriculados. Selma afirma que uma
expansão do colégio, com obras para criar e oferecer novas vagas, por
exemplo, é um dos custos proibidos por lei de serem embutidos nas
mensalidades dos estudantes atuais. De acordo com a diretora do Procon, a
escola não pode dividir esse custo "assim como ela não divide lucro com
os pais". (G1)
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