30 de Dezembro de 2013 Postado por: jrnewsbahia:
A estratégia da presidente Dilma Rousseff de aparecer cada vez mais em
pronunciamentos em rede nacional de rádio e televisão custou até agora
R$ 1,2 milhão aos cofres públicos desde o primeiro ano de seu mandato,
em 2011. Cada vez que a presidente vai à TV, o Palácio do Planalto
desembolsa R$ 90 mil com produção, gravação, edição, computação gráfica,
trilha, locução, equipe e equipamentos. No
domingo, 29, Dilma fez seu 17º pronunciamento desde que tomou posse.
Trata-se de uma média que supera cinco aparições por ano. Seus
antecessores, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso,
registraram uma média inferior a três pronunciamentos de TV anuais. Nas
aparições de 2013, além da que foi ao ar ontem, Dilma divulgou medidas
de impacto de seu governo, como a redução da tarifa de energia (23 de
janeiro), a desoneração da cesta básica (8 de março) e a promessa de
destinar dinheiro do pré-sal para a educação (1º de maio). Foi à TV
também para dar uma resposta às manifestações (21 de junho), para
exaltar a criação do programa Mais Médicos (6 de setembro) e para
comemorar a conclusão do primeiro leilão do pré-sal (21 de outubro). O
pronunciamento de 21 de junho, em meio às manifestações, foi o mais
atípico. A aparição foi organizada às pressas e não contou com a
superprodução de R$ 90 mil. Naquela oportunidade, quem produziu tudo foi
a EBC/NBR, estatal de comunicação, "pois não havia tempo hábil para a
mobilização de uma das agências contratadas", segundo a Secretaria de
Comunicação Social da Presidência da República. Em condições normais, é a
secretaria que fica responsável por contratar uma agência para a
produção dos pronunciamentos da presidente. O
senador Aécio Neves (MG), provável candidato tucano à Presidência, é
crítico da estratégia de Dilma. Ele acusa a presidente de contrariar a
legislação em vigor e apropriar-se "indevidamente" da rede para fins
eleitorais. Para a Secretaria de Comunicação, porém, a presidente
vale-se da prerrogativa dos pronunciamentos "quando há necessidade de
comunicar fatos relevantes de interesse nacional". (ATarde)
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