
Nos Estados Unidos, uma pesquisa recente mostrou que menos de 40% dos alunos que cursam o último ano do ensino médio consideram a maconha perigosa, contra 44% um ano antes. No total, 23% admitiram ter fumado maconha no mês anterior à pesquisa, número que sobe a 36% quando considerados os últimos 12 meses. A partir desta quarta-feira, os maiores de 21 anos poderão consumir maconha abertamente nos estados de Washington e Colorado.
Novo caminho Aqueles que plantam maconha comemoram a medida e desejam mostra o caminho para outros estados, enquanto as autoridades aguardam a arrecadação de impostos com a nova atividade comercial.
'A novidade em si basta para atrair pessoas de todas as partes', afirma Adam Raleigh, diretor da empresa produtora de maconha Telluride Bud Company, do Colorado. 'Sei de pessoas que virão de carro do Texas, Arizona e Utah'.
'Nos últimos meses, recebi todos os dias entre quatro e seis e-mails, entre cinco e 10 ligações telefônicas de pessoas que pedem detalhes sobre a lei e sobre a melhor data para organizar viagens que combinem esqui e maconha', contou à AFP.
O consumo de maconha com fins terapêuticos já é legal e está regulamentado em 19 estados do país. E na maioria destes, o consumo com fins recreativos não é considerado um delito. Mas Colorado e Washington deram um passo adiante ao com a implementação de um sistema no qual as autoridades locais supervisionarão o cultivo, a distribuição e o marketing da maconha, dando ao oeste americano um ar de Holanda com seus 'coffee shops'.
O mercado é gigantesco: segundo a empresa ArcView Market Research, as vendas legais de maconha aumentarão 64% entre 2013 e 2014, passando de 1,4 bilhão a 2,34 bilhões de dólares. No Colorado, as autoridades concederam licenças a 348 lojas, enquanto o estado de Washington recebeu 3.746 pedidos de licença, sendo 867 para lojas, segundo o jornal Seattle Times, que pediu prudência. 'A legalização da maconha é um terremoto na política de controle das drogas, talvez o mais importante desde o fim da lei seca', afirma o jornal, em referência aos 13 anos (1920-1933) de vigência da proibição de bebidas alcoólicas nos Estados Unidos.
'Tanto os defensores como os detratores não têm outro remédio a não ser conter o fôlego'.
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