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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Após licença para mudar de sexo, delegada volta ao trabalho em Goiás

05   de  fevereiro  de  2014    postado  por:  jrnewsbahia: 

Após cinco meses afastada da Polícia Civil para se recuperar de uma cirurgia de mudança de sexo, a delegada goiana Laura de Castro Teixeira voltou ao trabalho na manhã desta quinta-feira (6). Ela diz que está preparada para atuar na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia, mas teme a recepção das pessoas: “A comunidade tem sido muito receptiva, mas tenho sim medo, porque nem todo mundo tem a mente aberta, nem todo mundo tem o mesmo jeito, mas estou tranquila de uma maneira geral”. De camiseta e calça jeans, a delegada chegou à Deam às 7h45 para começar o plantão de 24 horas. Além de mudar o local de atuação, ela volta ao trabalho com seu novo nome, já que, quando saiu de licença médica, se chamava Thiago de Castro Teixeira. Em uma reunião rápida e informal, Laura foi apresentada à nova equipe, que é composta por três agentes e dois escrivães. "Eu me sinto preparada para o que der e vier. É claro que na atividade policial sempre tem fatos novos. Quero encará-los e enfrentá-los com toda a naturalidade possível", afirmou Laura.Ainda como Thiago, a delegada atuou como titular nas delegacias de Senador Canedo e Trindade, além de ter sido chefe do Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc) em Porangatu, no norte de Goiás. Laura foi quem pediu à diretoria da Polícia Civil para ser transferida para a Delegacia da Mulher, pois, desde o final do ano passado, havia uma vaga aberta na unidade, porque um delegado se aposentou. "Nós somos quatro delegadas plantonistas agora e quatro delegadas no expediente, somando oito mulheres à frente dos trabalhos de atendimento, investigação e prisão. Somos oito mulheres cuidando da defesa das mulheres aqui em Goiânia", ressaltou a titular da Deam, a delegada Ana Elisa Gomes. Para o delegado-geral adjunto da Polícia Civil de Goiás, Daniel Adorni, a transformação da delegada está sendo tratada com naturalidade na corporação. “Isso para nós não é o menor problema. O problema para nós é policial corrupto, o policial omisso, o policial descompromissado com o público, com a instituição. Isso, para nós, é só motivo de orgulho e respeito pelo ato de coragem”, ressaltou. Mesmo com a mudança de sexo, para a Justiça, a delegada continua a se chamar Thiago. Para que o nome Laura seja oficializado, ela depende de uma autorização judicial.  Advogado de Laura, André Morais acredita que o processo deve ser concluído em pouco tempo. (G1)

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