Líderes de partidos da oposição na Câmara se reúnem nesta terça-feira (1) para contabilizar o apoio à criação de uma CPI para investigar a Petrobras e decidir qual dos três requerimentos sobre o mesmo tema terá prioridade. Enquanto isso, deputados e senadores do PT vão articular negociações para convencer parlamentares da base aliada e partidos independentes a retirarem assinaturas de apoio às investigações. Nos bastidores, porém, o governo já admite que será difícil evitar a criação da CPI e se prepara para "ocupar" a comissão – deve indicar parlamentares de peso para defender a Petrobras e evitar que denúncias envolvendo a estatal sejam usadas pela oposição como combustível de campanha nas eleições de outubro. O PT vai ainda trabalhar para ficar com a relatoria da comissão. Desde que decidiu tentar criar uma CPI, na última terça (25), a oposição coleta, em paralelo, assinaturas para três pedidos: um de CPI mista (que reúne deputados e senadores), de autoria do líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), outro de CPI somente no Senado, de autoria do senador Alvaro Dias (PR), e um terceiro, também de autoria do senador do Paraná, para uma CPI mista.O requerimento que deverá prevalecer é o de autoria de Alvaro Dias para a criação de uma CPI Mista. O texto já conta com o apoio de 29 senadores – dois a mais que o mínimo necessário – e reúne assinaturas de pelo menos 80 deputados, conforme assessores do DEM e do PSDB. Para ser protocolado, o pedido de criação da comissão precisa do apoio de 27 senadores e 171 deputados.
Na reunião desta terça, os deputados devem chancelar a escolha por esse requerimento e traçar estratégia para garantir que os parlamentares não retirem o apoio à comissão, mesmo diante da pressão do PT. O encontro será ao meio-dia na residência do líder do DEM, Mendonça Filho (PE), e terá a participação de parlamentares do PPS, PSDB e Solidariedade.
Por sua vez, o PT realiza às 11h30 reunião da coordenação do partido na Câmara para articular uma reação à tentativa de criação da CPI da Petrobras. Uma das estratégias é ameaçar a oposição com a criação de uma CPI sobre as denúncias de irregularidades em licitações do metrô de São Paulo.
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