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sexta-feira, 27 de março de 2015

Salvador: Ex-fisiculturista faz acarajés em bar e chama atenção: 'mulheres abordam'

27   de  Março  de  2015   postado  por  jrnewsbahia: 
Há nove anos, o soteropolitano Diego Melo, 30 anos, prepara e vende acarajés e abarás em Salvador. Antes disso, o EMPRESÁRIO e cozinheiro, que tem 1,89m e 98 Kg, já foi modelo e até fisiculturista. Solteiro e pai de um menino de quatro anos, Diego conta que a admiração pela gastronomia foi herdada do pai, mas a paixão pela culinária baiana foi passada por uma antiga "PAQUERA". "Na verdade meu pai cozinha muito bem, mas a culinária baiana foi mais um dom de Deus, eu acho. Aprendi com uma paquera que é baiana de acarajé, mas nenhuma baiana ensina sua receita ao pé da letra, elas sempre escondem seu toque final. Eu hoje domino facilmente essa área", explica Diego. Para ter conseguido sucesso vendendo o principal símbolo da culinária da Bahia, ele diz que o mais importante pé o paladar. Para ele, um bom cozinheiro precisa apreciar o tempero para, a cada dia, melhorar a receita. "O principal na gastronomia para mim é quando você tem um critério de paladar, quando você consegue sentir e saborear o alimento. Eu descobri que tenho esse dom do paladar e isso ajuda muito no meu negócio", revela. Diego trabalha de terça a domingo. Nos finais de semana, ele chega a sair do bar à 1h da manhã. Por conta da rotina agitada, o empresário diz que não tem muito tempo para o lazer, mas quando pode, prefere ficar em casa, namorar e frequentar a academia, do que ir a festas. "Eu gosto de ficar em casa e gosto muito de academia porque admiro o fisiculturismo. Já disputei três campeonatos e fiquei em terceiro lugar no Norte/Nordeste. Agora dei uma segurada nos treinos porque competição requer tempo e INVESTIMENTO e não tenho muito tempo. Gosto muito de namorar também, mas no momento estou solteiro", conta. Diego conta que já escutou cantadas de muitas mulheres, mas também já ouviu piadas preconceituosas de homens, clientes do local onde trabalha. Ele diz que não dá atenção aos comentários negativos, mas gosta de receber elogios quando se trata da comida, pois vê como uma motivação para o trabalho.
"O preconceito existe porque as pessoas expressam isso em seus comentários. Um dia um homem perguntou: 'você é a baiana?', me chamando de gay e eu não sou. Se fosse, não teria problema nenhum, mas é como se ele quisesse dizer que só mulheres podem ter esse tipo de trabalho e eu provo que isso não é verdade", conta. Já pelo lado das mulheres, não é o preconceito que atinge Diego, mas sim as cantadas. Ele revela que já se envolveu com uma cliente e que já ouviu coisas como "Esse baiano tem telefone?".
"As mulheres soltam piadas, mas levo na brincadeira. Uma mulher chegou para mim e disse: 'Esse baiano faz acarajé a domicílio?'. Eu acho engraçado e finjo que não ouvi. Mas teve um dia que a mulher me abordou e disse: 'Baiano, meu namorado acabou de me trair e eu quero trair ele com você', mas não tive nada com ela. Outra vez, tive a oportunidade de conhecer melhor uma cliente e acabei ficando com ela", revela Diego. Orgulho O pai, José Mentor, diz que se sente feliz em ver o filho cozinhando, mas não acreditava que o herdeiro seguiria como cozinheiro, pois ele pensava que Diego seria modelo. "Desde pequeno, ele vestia minhas roupas e eu achava tudo bonito nele. Ele começou assim, como modelo e eu achei que continuaria. Mas fico feliz com a escolha dele porque cozinhar faz bem a todos, esse é meu lazer, acho que é algo que vem de raiz, nasci com isso", relata Mentor. Inicialmente, Diego produzia e vendia os quitutes em pontos localizados em bairros de Salvador e região metropolitana. Atualmente, ele possui a empresa que intitulou de "Acarajé Brasil" e só produz os bolinhos para duas unidades de uma rede de bares e restaurantes, mas pensa em abrir o próprio estabelecimento. "Estou aqui neste restaurante há cerca de nove meses. O contato com o restaurante começou porque eu já tinha prestado um serviço para eles e por razões particulares tive que largar, mas rolou novamente o contato e estamos aqui. Já tenho planos para abrir meu próprio restaurante em Lauro de Freitas. Antes daqui, eu tinha outros NEGÓCIOS, vendia no tabuleiro, em bairros como São Rafael, em Salvador e Vida Nova, em Lauro de Freitas", relata. Em um dos bares para os quais produz os acarajés e abarás, ele não apenas cozinha, mas também fica no local para servir aos clientes, no outro, ele paga a uma mulher para servir à freguesia. "A proposta do meu trabalho, o Acarajé Brasil é agradar o cliente, fazer ele feliz, essa é a nossa principal proposta. Então, eu busco qualidade em todos os materiais e temperos para favorecer o produto final. Temos uma forma diferente de servir o produto. A gente tenta valorizar o produto através do atendimento, então vamos na mesa, perguntamos se as pessoas gostaram. Sempre fiz muita questão de estar presente e nada vai para mesa sem passar por mim", conta.

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