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sábado, 4 de julho de 2015

Agência do Banco do Brasil do Recife é acusada de vender dólares falsos

04  de  Julho  de  2015   postado  por  jrnewsbahia:  

Clientes da agência central do Banco do Brasil de Recife (PE) que compraram dólares entre 8 e 19 de junho tiveram dias de angústia. Isso porque foi constatado que dos caixas daquela agência foram para os correntistas 24 mil em dólares falsos. A instituição vendeu notas falsificadas para pelo menos nove pessoas (outros seis casos estão sendo apurados). O escândalo foi revelado por uma das vítimas, João Neto da Silva, 57 anos, que inadvertidamente pousou nos Estados Unidos com milhares em cédulas falsificadas na carteira. Depois da chegada, que aconteceu às 5h20 da manhã da quarta-feira 24, Silva encontrou a filha Amanda Parris, 27, que há quatro anos estuda em Houston (Texas), e os dois decidiram que a primeira coisa a fazer seria depositar no Bank of America o dinheiro trazido do Brasil. Sem dormir, ainda no mesmo dia, eles foram ao banco colocar na conta da filha US$ 2,5 mil dos US$ 2,82 mil adquiridos no BB. Mas, durante a transação, funcionários constataram que as cédulas não eram autênticas, chamaram a polícia e João Neto foi proibido de deixar o país. “Eu me desesperei e nós choramos muito. Foi um constrangimento muito grande”, diz Amanda. Outras famílias que compraram dólares falsificados na mesma agência do BB, no centro de Recife, também passaram por experiências desagradáveis em solo estrangeiro. O casal Eduardo e Kátia Nóbrega estava em sua primeira noite em Miami, no dia 14 de junho, quando foi surpreendido ao pagar a conta de um restaurante e descobrir que US$ 1,8 mil dos US$ 3 mil adquiridos não eram verdadeiros. Numa entrevista à TV local, Nóbrega contou que o sentimento foi de vergonha. “É como se você fosse pego roubando, todo mundo fica olhando você como ladrão”. Para o contador Flávio Amâncio e sua mulher, que viajaram para Nova York com notas compradas na mesma instituição, a humilhação veio ao serem cercados por seis seguranças numa loja de departamentos. José Maria Rangel Júnior era outro cliente que iria aos EUA com as cédulas falsas em agosto. “Talvez eu passasse pela mesma coisa”, afirmou. O administrador Marco Antônio Freire de Lyra também prestou esclarecimento à Polícia Federal contando que soube dos dólares falsificados no comércio de Buenos Aires, na Argentina. Diante do problema, o BB foi apurar o que havia ocorrido. Descobriu-se que a quantia fraudulenta, que soma US$ 24 mil, foi adquirida em 10 de setembro de 2014, em operações rotineiras de câmbio manual. Por uma falha na verificação da autenticidade, cédulas falsificadas de US$ 100 foram aceitas pela instituição. De uma forma geral, no sistema financeiro as notas costumam ser checadas por pelo menos duas pessoas, o funcionário da boca do caixa e o responsável por colocá-las no cofre. Os dólares ficaram trancados na Tesouraria até serem comercializados, entre 8 e 19 de junho. Agora, uma investigação interna e outra conduzida pela Polícia Federal vão apurar quem são os responsáveis pelo erro, além de tentar rastrear quem repassou os dólares ao banco.

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