Dois soldados morreram e quatro ficaram feridos em um ataque com carro-bomba na noite do sábado (25) em Diyarbakir, província de maioria curda no sul da Turquia, segundo um comunicado divulgado neste domingo (26) pelo Estado-Maior turco. As informações são da agência de notícias EFE. O comunicado atribui o ataque a "um grupo terrorista de uma organização terrorista separatista", fórmula habitual para se referir à guerrilha curda. O ataque ocorreu menos de 24 horas depois que caças turcos bombardearam posições do proscrito Partido de Trabalhadores de Curdistão (PKK) no norte do Iraque, depois do qual a guerrilha deu por finalizado o cessar-fogo declarado há dois anos.
Protesto nas ruas de Ancara - Manifestantes foram às ruas de Ancara neste sábado (25), na Turquia, para protestar contra um ataque suicida que matou 32 pessoas nesta segunda-feira (20). O atentado foi conduzido por um jovem turco contra militantes pró-curdos na cidade de Suruc, no sul do país, perto da fronteira Síria, e deixou um saldo de 32 mortos e uma centena de feridos. O governo atribuiu a autoria deste ataque ao Estado Islâmico, que não o reivindicou. Neste sábado, a Turquia atacou, pela terceira vez em 24 horas, alvos do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria, ao mesmo tempo em que caças F-16 bombardearam posições dos rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no norte Iraque. Não foi divulgado se houve mortes. Estes bombardeios representam uma guinada na política do governo islâmico e conservador turco, acusado por seus aliados de fazer vista grossa e até de apoiar organizações radicais em guerra contra o regime do presidente sírio Bashar al-Assad. O Estado Islâmico assumiu o controle de maior parte das regiões norte e leste da Síria, quatro anos após o início da guerra civil no país. "Há operações aéreas e terrestres atualmente em andamento", anunciou o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu. “Tais operações não são ‘operações pontuais’ e vão continuar enquanto houver ameaças contra a Turquia”, disse ele. De acordo com o governo em Ancara, a campanha tem o objetivo de ajudar a criar uma “zona segura” em faixas do norte sírio. (G1)
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