
Um simãodiense foi encontrado morto dentro do apartamento, onde morava no Bairro Carlos Prates, zona sul de Belo Horizonte, MG, na manhã deste domingo (19).
De acordo com informações da Polícia Militar mineira, a vítima apresentava sinais de agressão, tinha um pano amarrado no pescoço e foi encontrado caido ao lado cama.
José Carlos de Jesus, tinha 39 anos e era procedente do zona rural do município sergipano de Simão Dias.
Em contato com familiar, o Portal Edelson Freitas obteve a informação que José Carlos já estava com passagem comprada e viria para Sergipe nesta segunda, 20. A vítima sempre visitava o povoado Paracatu de Cima onde reside sua família. Ele estava retornando à sua terra natal para participar de uma novena que seria realizada por seus pais.
Ainda de acordo com dados passados por um parente, há muito tempo que José Carlos morava em Minas Gerais e a última conversa através de whatsapp entre ele e familiar aconteceu no último sábado a noite, horas antes de ser encontrado em óbito. Um dos irmãos já teria se deslocado para Belo Horizonte visando resolver as questões relacionadas ao corpo e o translado.
Pesquisa do Portal Lagartense
De acordo com matéria do site BHAZ da capital mineira publicada nesta segunda-feira (20) a Polícia Civil começou a investigar as circunstâncias da morte de José Carlos que tinha o nome social de "Mirella de Carlo".
Nas redes sociais, o falecimento causou comoção. Mais de 10 mil pessoas seguem o perfil dela no Facebook.
A Polícia Militar detalha que o corpo de Mirella foi encontrado por uma amiga dela por volta do meio-dia. A testemunha havia chegado de uma festa, durante a manhã, e foi dormir. Ao acordar, estranhou o fato de que a vítima ainda não havia saído do quarto. Foi então que decidiu ir até o cômodo para chamá-la e a encontrou caída no chão com a toalha no pescoço.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi até o apartamento e confirmou a morte de Mirella. Ela e o namorado seriam os responsáveis pelo edifício, onde outros quartos são alugados. Segundo a PM, o local seria usado como ponto de prostituição.
Vizinhos de Mirella contaram aos policiais que ela era querida entre os moradores do prédio e que não tinha desafetos. A manicure da vítima informou que a viu na noite passada e que as duas conversaram. Segundo a mulher, ela disse estar cansada, aparentava estar triste, e que não ia sair de casa.
Já o namorado de Mirella disse ter escutado o interfone do apartamento tocar quando estavam em uma ligação via WhatsApp, na noite de sábado para domingo, e que os dois se despediram quando ela foi atender ao chamado. No entanto, ninguém foi visto entrando no prédio durante a madrugada.
Os policiais encontraram mais de R$ 5 mil em dinheiro no apartamento de Mirella e nenhum suspeito foi localizado. Ela era uma das inscritas no TransVest, o projeto artístico-pedagógico que oferece aulas gratuitas em pré-vestibular para travestis, transexuais e transgêneros de BH.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da capital sob responsabilidade da delegada Adriana das Neves Rosa.
"Ela não se metia em confusão", diz amiga
A vice-presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos/MG), Anyky Lima, conta que morou com Mirella durante muito tempo e que a amiga era muito conhecida em todo o país por sua militância nos direitos humanos.
"Era uma pessoa muito querida, todo mundo gostava muito dela. Ela não se metia em confusão, não se incomodava com nada nem ninguém. Se ela estivesse doente, acho que a gente se conformava. Mas foi uma morte muito violenta. O irmão dela já veio aqui em casa e saiu para ir ao Instituto Médico-Legal (IML) para liberar o corpo. Agora estamos correndo atrás de tentar com os órgãos competentes o translado para Simão Dias, sua terra", explica.
Anyky aproveitou para cobrar respeito da população. "As pessoas precisam respeitar ela como mulher. A família dela já está muito atormentada. É preciso que respeitem e não nos culpem pela própria morte, como sempre é feito com a população trans. Alguns veículos não respeitaram sua identidade de gênero, o que revoltou muita gente. Ela era uma mulher trans muito bonita, e só queremos que quem fez isso seja preso", finalizou.
Com informações do Portal Edelson Freitas e Jornal O Tempo













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