Foto: The New Yorker
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinará nos próximos dias um decreto que desmonta o abrangente plano de seu antecessor, Barack Obama, para conter o aquecimento global, afirmou neste domingo o chefe da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), Scott Pruitt. A autoridade disse que o decreto que deve ser firmado na terça-feira irá desfazer o Plano de Energia Limpa do governo Trump, uma regulação ambiental que restringe as emissões de gases causadores do efeito estufa em usinas de energia movidas a carvão. A regra de 2015 está suspensa desde o ano passado, enquanto um tribunal federal de apelações considera um recurso de Estados favoráveis ao carvão, liderados por republicanos, e de mais de 100 companhias. Em entrevista à rede ABC, Pruitt disse que a intenção de Trump é trazer de volta empregos dos mineiros e reduzir o custo da eletricidade nos EUA. Partidários do plano de Obama, entre eles alguns Estados democratas e grupos ambientais, argumentam que a iniciativa geraria milhares de empregos relacionados à energia limpa e ajudaria o país a cumprir as ambiciosas metas para reduzir a poluição estabelecidas no acordo internacional fechado em Paris no fim de 2015. Pruitt disse neste domingo que a iniciativa de Paris foi "um acordo ruim" porque foi muito leniente com China e Índia, que como os EUA estão entre os maiores produtores de gás carbônico. "Então nós nos penalizamos com a perda de empregos enquanto a China e a Índia tomam passos para resolver a questão internacionalmente. Portanto Paris foi apenas um acordo ruim, na minha avaliação", afirmou o diretor da agência ambiental.
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