ois homens presos por suspeita de envolvimento no "mega-assalto" a uma transportadora de valores em Ciudad del Este, no Paraguai, já eram procurados pela polícia baiana por assaltos a banco e sequestros mediante extorsão. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (28) pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Os suspeitos são Paulo César Alves Filgueiras, conhecido como Paulo Escopeta, e Fernando Lumes. Eles foram localizados, na quinta-feira (27), na cidade de Capitã Bado, também no Paraguai. O assalto no Paraguai ocorreu durante a madrugada da última segunda-feira (24). Segundo a Polícia Federal, 15 pessoas chegaram a ser presas suspeitas de envolvimento no crime, mas sete delas foram liberadas por falta de provas. Segundo a SSP-BA, Paulo é considerado um dos maiores líderes criminosos e representante de uma organização de São Paulo com ramificações na Bahia. Fernando também é suspeito de integrar o grupo e, conforme a polícia, é sobrinho e "braço direito" de um homem conhecido como Zé de Lessa, considerado pela SSP-BA o criminoso mais procurado do estado da Bahia.
De acordo com a polícia baiana, a polícia paraguaia, após localizá-los, não conseguiu reunir provas suficientes para manter os dois presos. No entanto, antes que os suspeitos fossem liberados, a SSP-BA disse que a polícia local conseguiu um mandado de prisão contra os suspeitos, expedido pelo titular da 2ª Vara Crime de Eunápolis, juiz Heitor Awi Machado de Attayde.
Crimes na Bahia
Um dos crimes que teriam sido cometidos pelo grupo de Paulo Escopeta ocorreu no município de Eunápolis, no sul do estado. Segundo o delegado titular da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), Moisés Damasceno, Paulo conseguiu extorquir R$ 250 mil da família de um adolescente de 16 anos que foi sequestrado.
A polícia não passou detalhes do ocorrido, mas disse que é por conta desse crime que os suspeitos permanecerão presos à disposição da Justiça. Outro crime que teria sido cometido pelo grupo foi um assalto a uma agência bancária no município de Irecê, norte da Bahia. Um grupo de homens armados explodiu uma agência do Banco do Brasil na cidade, no dia 20 de março, e trocaram tiros com a polícia.
Conforme a SSP-BA, Paulo e Fernando ainda estão presos no Paraguai, mas serão apresentados em Ponta Porã, no Paraná. Logo depois, segundo a polícia, ambos serão transferidos para a Bahia, onde irão responder pelos crimes cometidos no estado.
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