Pesquisar este blog

terça-feira, 4 de abril de 2017

SAÚDE: Perguntas e Respostas.Hipertensão e diabetes, uma associação frequente

Terça, 04 de Abril de 2017  - 06h53.



Quem não tem entre os seus familiares pelo menos um caso de diabetes que também necessite tomar medicação para pressão alta? Os dados estatísticos refletem as tendências que o nosso senso de observação já vem registrando como experiência do cotidiano. Estima-se que 2 em cada 3 diabéticos tenham pressão alta. Sabemos que a hipertensão aumenta o risco de ataque cardíaco, derrame, problemas visuais e doença dos rins. No diabético, esse risco aumenta ainda mais. Portanto, checar a pressão sanguínea regularmente e cuidar para que suas medidas estejam dentro das metas de proteção pode prevenir ou retardar o aparecimento de complicações nos vasos do diabético.

A medida da pressão arterial resulta em dois números: o maior, conhecido como pressão “máxima”, que é a pressão produzida pelos batimentos do coração impulsionando o sangue para os vasos, e o menor, ou “mínima”, que é a pressão nas artérias quando esses vasos relaxam entre cada batimento cardíaco. Hipertensão é um problema de saúde que só melhora com tratamento contínuo e atencioso. Devido ao risco cardiovascular, no diabético, a pressão sanguínea tem que estar abaixo de 13 por 8. Como na imensa maioria dos casos a pressão alta não traz sintomas, é importante que o diabético tenha a medida de pressão frequentemente checada. 

O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e medicamentos. Como cada indivíduo tem suas próprias características, é importante que pacientes e médicos possam juntos buscar a melhor maneira de tratamento. Alimentação mais saudável, incluindo frutas e vegetais menos calóricos, laticínios com baixo teor de gordura, carnes magras, muito pouco sal e evitar frituras ajudarão no controle tanto da pressão quanto do diabetes. Controlar o peso e fazer atividades físicas também são recomendáveis. Quanto aos medicamentos, sugerimos ao leitor que procure o seu médico assistente, pois são várias as possibilidades terapêuticas adequadas e eficazes.
David P. Brasil - Professor da disciplina de Semiologia Médica e da Pós-Graduação em Cardiologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG) e Coordenador do Centro de Investigação Cardiovascular Prof. José Haddad do Hospital Universitário São José (CIC-HUSJ), Belo Horizonte, MG

0 comentários:

Postar um comentário