A paulistana Simone Souza, que desapareceu em um cruzeiro marítimo na região da Itália, vai ser incluída na lista de desaparecidos da Interpol, informou o SP2 desta quarta-feira (28). Na terça, o Ministério Público da cidade italiana de Bríndisi abriu inquérito para investigar o caso como homicídio doloso (quando há intenção). A família da mulher de 35 anos foi até a Polícia Federal (PF) comunicar o desaparecimento dela e autorizar a inclusão do nome dela na lista da polícia internacional. Saliva do irmão de Simone para eventuais exames de DNA foi coletada. Simone desapareceu na madrugada do dia 19, quando o navio em que trabalhava navegava pelo Mar Adriático, entre as cidades de Veneza e Bríndisi. Semanas antes do desaparecimento, ela tinha se desentendido com o chefe na embarcação e terminado o namoro de dois anos com Tala Vaifale, também tripulante do navio. Tala é de Samoa, um país da Oceania. A família de Simone também entregou para a PF mensagens de tripulantes do navio. Numa das mensagens, um ex-colega de Simone suspeita que ela tenha sido assassinada. O homem, que deixou o navio antes do desaparecimento, diz que os dois sofriam ameaças e retaliações de um superior no navio. As autoridades já ouviram vários tripulantes e, de acordo com a imprensa italiana, investigam o caso como homicídio. Por enquanto, não há um suspeito. Foram feitas buscas no mar, mas sem sucesso. A família da mulher contratou um advogado brasileiro para acompanhar o caso na Itália. O irmão dela conta que a falta de informações só aumenta o sofrimento da família, que não perde a esperança. “Nós temos a fé a e esperança de encontrá-la”, disse o irmão de Simone, Paulo Scheuer Sousa. “Não tem aquele ditado: ‘A esperança é a última que morre’? Então, nós estamos tendo essa esperança.”
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