O herdeiro e executivo da Samsung, Lee Jae-yong, foi condenado nesta sexta-feira (25) por um tribunal da Coreia do Sul a cinco anos de prisão por seu envolvimento no caso de corrupção conhecido como Rasputina, informou a agência local Yonhap. Para a Justiça sul-coreana, ficou provado que Lee pagou propina à ex-presidente Park Geun-hye, com a expectativa de obter favores do governo em sua consolidação como líder do grupo, entre outros crimes. O tribunal considerou que Lee esteve envolvido na doação, por parte de sua empresa de 7,2 bilhões de wons (5,4 milhões de euros) para o financiamento do programa de equitação na Alemanha da filha de Choi Soon-sil, que ficou conhecida como Rasputina e é considerada o cérebro da trama de corrupção que desencadeou a destituição e detenção da ex-presidente da Coreia do Sul. O herdeiro do maior conglomerado empresarial do país asiático também foi considerado culpado por malversação de 6,4 bilhões de wons (4,8 milhões euros), por ocultar ativos no exterior e perjúrio por ter oferecido várias versões em seus depoimentos à Justiça. O Ministério Público sul-coreano solicitou 12 anos de prisão pelas acusações. Após ouvir o veredito, a defesa de Lee disse que não aceitava a decisão e assegurou que recorrerá "o mais rápido possível", segundo a Yonhap. A Justiça sul-coreana também decretou quatro anos de prisão para mais dois executivos do grupo Samsung por envolvimento no caso. Lee, de 49 anos, está detido desde meados de fevereiro, quando a promotoria apresentou acusações contra ele por esses crimes.
O processo judicial de Lee, que começou em 9 de março, causou grande expectativa no país asiático, onde a ação está sendo chamada de "o julgamento do século" devido às repercussões que pode ter para a imagem do maior conglomerado sul-coreano e sua possível influência na sentença futura sobre a ex-presidente Park.
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