Foto: Reprodução
No sábado (16), a estudante de Nutrição Daiane Reis, de 25 anos, grávida de nove meses, foi morta em Serrinha no Centro Oeste do estado, pelo marido. Em 2017, até o dia 18 de dezembro, foram registrados pelo menos 39 casos de feminicídios na Bahia. A lei do feminicídio existe desde 2015, no entanto, a tipificação do crime desde o início ainda é complicada. "Os dados são altos, mas são subnotificados. Muitas vezes, visitamos delegacias e identificamos a necessidade de maior subsídio no registro da ocorrência, para que seja feita a tipificação do feminicídio", contou a secretária estadual de Políticas para Mulheres, Julieta Palmeira, ao jornal Correio.A Bahia tem registro de apenas três condenaçãoes por feminicídio. De acordo com a desembargadora Nágila Brito, titular da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o número é considerado "razoável" se for levado em conta que o processo tem duas fases. A desembargadora destaca que o feminicídio, por vezes, é o ponto final de abusos frequentes, sejam eles físicos ou psicológicos. Muitas vítimas eram mulheres que sofreram por anos e para ela, não é raro que a família tenha alguma culpa. "Às vezes, a mulher quer se separar, mas a família não apoia, tem aquela visão tradicional de que casamento é para sempre, que homem é assim mesmo. São esses pensamentos da sociedade patriarcal que matam. É toda uma cultura, uma situação muito grave e muito dolorosa", conta ela.
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