Após o anúncio dos Estados Unidos que reconhecem Jerusalém como capital de Israel, em uma decisão tanto histórica quanto polêmica, a liderança palestina fez diversas declarações, convocando “três dias de fúria” como forma de protestos. O governo de Israel fez um apelo para que se evitasse protestos violentos, mas que estava pronto para se proteger e revidar se necessário. A prefeitura de Jerusalém decretou “estado de alerta”. O Hamas, organização terrorista que controla a Faixa de Gaza, anunciou o início de uma nova Intifada, uma forma de levante popular palestino. “Devemos convocar e devemos trabalhar no lançamento de uma intifada diante do inimigo sionista”, disse o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em discurso. Esta seria a terceira desde a independência de Israel. A primeira ocorreu entre 8 de dezembro de 1987 e 13 de setembro de 1993, deixando um saldo de mais de 1200 mortos. A segunda revolta do tipo foi em 2000, durou de setembro de 2000 até fevereiro de 2005 e resultou em cerca de 5000 mortes. Nesta sexta-feira (8), dia sagrado para os muçulmanos, exatamente 30 anos depois da primeira batalha organizada de palestinos contra israelenses, morreram duas pessoas nos conflitos que podem marcar, efetivamente, o início de uma terceira intifada. Ao contrário da primeira, apelidada de “guerra das pedras”, pois muitas vezes era essa a arma dos palestinos, nesta madrugado o sistema antiaéreo israelense interceptou um dos foguetes disparados a partir da Faixa de Gaza, anunciou o exército israelense. Outros dois caíram dentro do território de Gaza.
O grupo jihadista Brigadas Al-Tawheed assumiu a responsabilidade pelos lançamentos. O Exército israelense respondeu com ataques aéreos e de tanques contra dois postos militares na Faixa de Gaza. Neste segundo “dia de fúria”, pelo menos 767 pessoas ficaram feridas durante os confrontos. Dois palestinos morreram em confrontos com soldados israelenses perto da fronteira de Gaza. O Exército israelense relata que centenas de palestinos estavam colocando fogo em pneus e fazendo menção de atravessar a fronteira. Jerusalém e a Cisjordânia também foram palco, nesta sexta-feira, de embates violentos entre as forças de segurança israelenses e os palestinos. Cerca de 50 policiais israelenses entraram em confronto com dezenas de manifestantes palestinos nas ruas da Cidade Velha, em Jerusalém. Em Hebron, Belém, Jericó e perto de Nablus, forças israelenses responderam aos ataques dos palestinos, muitos deles ainda adolescentes. Além de atividades de guerrilha em territórios palestinos, protestos em países islâmicos como Malásia, Indonésia e Turquia reuniram milhares de pessoas. Eles protestavam contra a decisão de Trump sobre Jerusalém. Fotos de TRump e bandeiras de Israel foram queimadas. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, vem repetindo que Trump lançou o Oriente Médio em “um círculo de fogo” e que no dia 13 de dezembro reunirá representantes de todos os países islâmicos em Istambul para deliberar sobre o assunto. Com informações das agências
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