Foto: Reprodução/Diário Época
O advogado dos seis baianos suspeitos de estuprar e matar uma argentina de 15 anos entrou com uma petição na Justiça, na manhã desta sexta-feira (12), solicitando a prisão da mãe da vítima. Sebastian Pardo acusa Griselda Lopéz de abandono - com o agravante de ela ser a genitora - e ocultação, com o agravante de ter participado do crime. No pedido, ele requereu que quatro dos seus clientes, que ainda não prestaram depoimentos, sejam ouvidos. Segundo o documento, Griselda prostituía a própria filha, o que era de conhecimento dos vizinhos das duas. O advogado argumenta que a adolescente Irina Diana Lopéz teria mantido relações sexuais com outras pessoas, além de seu namorado, o feirense Wenderson. O defensor alega ainda que o laudo preliminar aponta que as lesões anais e vaginais no corpo da jovem foram anteriores ao dia da sua morte, quando ela estava em companhia dos jovens baianos. Sebastián alegou que no dia do ocorrido a mãe da garota disse a Wenderson: “Você não me dá nada. Meu outro genro, sim, me dava”, se referindo ao pai do filho da garota, o que seria um indicativo que a mulher lucrava com as relações da filha. O advogado também apontou que é possível que Griselda esteja ocultando informações para favorecer os verdadeiros culpados e prejudicar os brasileiros. Pardo ainda acusa a mãe de abandono, pois a mesma teria permitido sua filha menor de 14 anos de ter relações sexuais e não teria denunciado o crime à polícia. Na petição, Sebastian Pardo solicita ainda que sejam ouvidos Wenderson Souza, Ana Carolina de Jesus Santana, Laercio Macedo e Luís Macedo, que não prestaram depoimento devido à falta de tradutor. Caso o mesmo não ocorra, o advogado pretende pedir a federalização do caso e recorrer à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Os jovens baianos continuam detidos na cidade argentina de Corrientes.
Relembre o caso
Os seis jovens baianos foram presos pela polícia argentina por serem suspeitos de estuprar e assassinar a adolescente Irina Diana Lopéz, 15 anos. O crime aconteceu na noite de Réveillon em um pensionato na cidade de Corrientes. A garota era namorada de um dos detidos, Wenderson, e tinha um filho de seis meses de um relacionamento anterior. A polícia local trabalha com a hipótese de a adolescente ter sido submetida a uma alta dosagem de entorpecentes antes de sofrer o estupro. A defesa dos jovens alega que Wenderson teve relações consensuais com a jovem e que a garota teria começado a passar mal enquanto estava em companhia do namorado. O mesmo acionou uma ambulância e polícia. (Correio)
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