Foto: Divulgação / Vaticano
O papa Francisco criticou, em discurso nesta quinta-feira (17), o papel da mídia em difamar pessoas públicas a ponto de levar a um "golpe de Estado". De acordo com a agência de notícias do Vaticano, Francisco citou o exemplo de Jesus, que no Domingo de Ramos foi recebido em Jerusalém com aclamações de "Bendito o que vem em nome do Senhor", mas, na sexta-feira seguinte, as mesmas pessoas gritaram: "Crucifiquem-no". "A mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas”, discursou o papa. “Depois chega a justiça, as condena e, no final, se faz um golpe de Estado”, completou. Francisco comparou essa ação à perseguição nas arenas, quando a multidão gritava para ver lutas entre mártires ou gladiadores. Em janeiro deste ano, Francisco já tinha criticado a imprensa. Ele condenou o "mal" das fake news - ou notícias falsas -, dizendo que jornalistas e usuários de redes sociais devem rejeitar e desmascarar "táticas de serpente" que fomentam a divisão. "Notícias falsas são um sinal de atitudes intolerantes e hipersensíveis e levam apenas a difusão de arrogância e ódio. Esse é o resultado final da mentira", ponderou o papa Francisco pedindo o retorno da "dignidade do jornalismo".
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