A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, fez o discurso principal durante a Cúpula dos Cristãos Unidos por Israel, em Washington, na noite de segunda-feira (23). Criada pelo pastor John Hagee, o evento anual este ano concedeu a ela o prêmio “Defensor de Israel”. As milhares de pessoas presentes no evento aplaudiram Haley de pé quando seu nome foi anunciado. A embaixadora é conhecida como uma grande apoiadora de Israel na ONU, local que ela chamou de “o epicentro global do antissemitismo”. Embora diga que, “há momentos em que pode ser uma força do bem”, considera que a ONU “também pode ser um lugar extremamente frustrante e bizarro”. Uma das maneiras mais visíveis disso, destaca Haley, “é o modo terrível como vem tratando Israel por décadas”. Mas isso começou a mudar quando Donald Trump assumiu o poder. “A mudança vem pela liderança dos Estados Unidos. Isso ficou muito claro quando o presidente tomou a decisão corajosa e correta de transferir a embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém”, disse ela. “Historicamente, Jerusalém tem sido a capital de Israel e sempre será.” Filha de imigrantes indianos, Haley foi governadora da Carolina do Sul e nomeada em 2016 pela revista Time como uma das “100 Pessoas Mais Influentes do mundo”. Evangélica, desde que se tornou embaixadora ela promoveu mudanças drásticas na política externa do país, que sucumbiu durante o governo Obama à política globalista.
Além de conseguir barrar algumas resoluções que condenavam Israel e ignoravam as ações do Hamas, ela diz que há uma chance real de a ONU finalmente reconhecê-lo como um grupo terrorista. Também retirou os Estados Unidos do Conselho de Direitos Humanos da ONU. “O Conselho de Direitos Humanos é uma farsa”, acusou. “Nós dissemos que há sérias violações aos direitos humanos na Venezuela, no Irã – onde estão protestando contra o seu regime – na Nicarágua, e não se faz nada a respeito.” Declarou ainda durante o discurso: “É muito importante apresentar a verdade e a realidade na ONU, mesmo que isso incomode outros países”. A Cúpula atraiu muitos judeus e Haley disse que a luta contra o antissemitismo dever ser algo que preocupe os cristãos também. “Eu não sou judia nem venho de uma família cristã. Vinte anos atrás, minha jornada de fé me trouxe ao cristianismo”, explicou, acrescentando que é sua crença em Jesus que a faz defender Israel.
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