Foto: Reprodução / Twitter
A emissora Fox News teria enterrado uma reportagem sobre o suposto caso que a ex-atriz pornô Stormy Daniels diz ter tido com o presidente Donald Trump em 2006, segundo a revista The New Yorker. Em troca, a rede de televisão conservadora teria obtido privilégios na cobertura do governo do republicano.
Segundo a New Yorker, em 2016, Diana Falzone, repórter da Fox News, havia reunido provas de que Trump havia feito sexo com Stormy Daniels dez anos antes. A jornalista estava atrás da história desde março de 2016 e, em outubro, pouco antes das eleições, conseguiu confirmar com a ex-atriz pornô através de duas pessoas ligadas a ela.
Falzone também obteve emails trocados entre o advogado de Daniels e o então advogado de Trump, Michael Cohen, detalhando uma negociação envolvendo dinheiro, acompanhada de um acordo de sigilo, ao qual a jornalista teve acesso. Na semana passada, Cohen depôs no Congresso e falou sobre os pagamentos feitos para a ex-atriz pornô supostamente a mando do presidente.
Mas a reportagem de Falzone não foi ao ar, passando pelas mãos de vários editores. Depois de algum tempo, ela questionou Ken LaCorte, executivo da Fox que, na época, comandava o site FoxNews.com. Segundo a jornalista, LaCorte teria elogiado a reportagem e dito: "Mas Rupert [Murdoch, dono da Fox] quer que Donald Trump ganhe. Então deixa para lá."
LaCorte nega ter dito isso à jornalista, mas um colega de Falzone confirma ter ouvido a versão relatada por ela naquela época. Apesar da negativa, a repórter continuou investigando e descobriu que o tabloide National Enquirer, em parceria com Trump, havia feito um acordo com Daniels, comprando direitos exclusivos sobre o caso para enterrar o assunto.
Falzone levou a história ao conhecimento da Fox, sem conseguir publicá-la novamente. Os pagamentos do presidente para silenciar a ex-atriz pornô e as tentativas de Cohen de ocultar o dinheiro como honorários advocatícios só foram reveladas pelo Wall Street Journal um ano depois que Trump já ocupava a Casa Branca.
Falzone foi rebaixada em janeiro de 2017 sem justificativa. Em maio do mesmo ano, ela processou a rede. A advogada da jornalista não quis comentar o acordo, mas admitiu que houve um acordo entre as partes, que inclui um pacto de sigilo que impede que ela fale sobre seu trabalho na Fox.
Depois de o Wall Street Journal ter revelado a história, um repórter da CNN, Oliver Darcy, informou que a Fox havia ocultado uma reportagem sobre Stormy Daniels. LaCorte, que na época já havia deixado a emissora, mas continuava sendo pago pela empresa, afirmou que tomou sozinho a decisão de abafar o caso, sem falar com superiores.
A "boa vontade" da emissora com Trump teria rendido frutos à Fox News. A emissora foi a que mais entrevistou o presidente até agora: 44 vezes. As três maiores emissoras do país (ABC, CBS e NBC) tiveram 10 entrevistas, enquanto a CNN não falou sequer uma vez com o presidente, que chama a rede de "fake news". O levantamento é do jornal The Washington Post.
O Post analisou a cobertura dos escândalos envolvendo o presidente na Fox News em comparação com as três maiores emissoras. Segundo o resultado, a Fox News cobriu a história da ex-atriz pornô com menos frequência que os concorrentes.
De 1º de janeiro de 2018 até o começo deste mês, a CNN mencionou Stormy em 0,61% dos segmentos. A MSNBC citou em 0,54%. Na Fox News, em 0,17%.
Segundo a New Yorker, em 2016, Diana Falzone, repórter da Fox News, havia reunido provas de que Trump havia feito sexo com Stormy Daniels dez anos antes. A jornalista estava atrás da história desde março de 2016 e, em outubro, pouco antes das eleições, conseguiu confirmar com a ex-atriz pornô através de duas pessoas ligadas a ela.
Falzone também obteve emails trocados entre o advogado de Daniels e o então advogado de Trump, Michael Cohen, detalhando uma negociação envolvendo dinheiro, acompanhada de um acordo de sigilo, ao qual a jornalista teve acesso. Na semana passada, Cohen depôs no Congresso e falou sobre os pagamentos feitos para a ex-atriz pornô supostamente a mando do presidente.
Mas a reportagem de Falzone não foi ao ar, passando pelas mãos de vários editores. Depois de algum tempo, ela questionou Ken LaCorte, executivo da Fox que, na época, comandava o site FoxNews.com. Segundo a jornalista, LaCorte teria elogiado a reportagem e dito: "Mas Rupert [Murdoch, dono da Fox] quer que Donald Trump ganhe. Então deixa para lá."
LaCorte nega ter dito isso à jornalista, mas um colega de Falzone confirma ter ouvido a versão relatada por ela naquela época. Apesar da negativa, a repórter continuou investigando e descobriu que o tabloide National Enquirer, em parceria com Trump, havia feito um acordo com Daniels, comprando direitos exclusivos sobre o caso para enterrar o assunto.
Falzone levou a história ao conhecimento da Fox, sem conseguir publicá-la novamente. Os pagamentos do presidente para silenciar a ex-atriz pornô e as tentativas de Cohen de ocultar o dinheiro como honorários advocatícios só foram reveladas pelo Wall Street Journal um ano depois que Trump já ocupava a Casa Branca.
Falzone foi rebaixada em janeiro de 2017 sem justificativa. Em maio do mesmo ano, ela processou a rede. A advogada da jornalista não quis comentar o acordo, mas admitiu que houve um acordo entre as partes, que inclui um pacto de sigilo que impede que ela fale sobre seu trabalho na Fox.
Depois de o Wall Street Journal ter revelado a história, um repórter da CNN, Oliver Darcy, informou que a Fox havia ocultado uma reportagem sobre Stormy Daniels. LaCorte, que na época já havia deixado a emissora, mas continuava sendo pago pela empresa, afirmou que tomou sozinho a decisão de abafar o caso, sem falar com superiores.
A "boa vontade" da emissora com Trump teria rendido frutos à Fox News. A emissora foi a que mais entrevistou o presidente até agora: 44 vezes. As três maiores emissoras do país (ABC, CBS e NBC) tiveram 10 entrevistas, enquanto a CNN não falou sequer uma vez com o presidente, que chama a rede de "fake news". O levantamento é do jornal The Washington Post.
O Post analisou a cobertura dos escândalos envolvendo o presidente na Fox News em comparação com as três maiores emissoras. Segundo o resultado, a Fox News cobriu a história da ex-atriz pornô com menos frequência que os concorrentes.
De 1º de janeiro de 2018 até o começo deste mês, a CNN mencionou Stormy em 0,61% dos segmentos. A MSNBC citou em 0,54%. Na Fox News, em 0,17%.
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