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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Padre excomungado pela Igreja Católica afirma que existem muitos padres gays


No último mês de abril, o paulista Roberto Francisco Daniel, o Padre Beto , ficou conhecido em todo o Brasil depois de ser excomungado pela Igreja Católica por causa da sua visão progressista da sexualidade. Aos 47 anos, ele foi obrigado a deixar a sua paróquia na cidade de Bauru, no interior de São Paulo, por defender, entre outras posições, o amor gay. Ele também não escondia que a homossexualidade é algo que existe dentro da instituição. Mais de dois meses depois da excomunhão, o papa Francisco surpreendeu o mundo nesta semana ao declarar que os gays não devem ser marginalizados pela sociedade, indo de encontro ao que pensa Roberto. Aliás, mesmo expulso da Igreja, ele se recusa a abandonar a alcunha ‘padre’. “Continuo sendo padre, essa é minha vocação... minha paixão”.
Nesses meses de afastamento, Padre Beto se concentrou em escrever um livro sobre o que aconteceu com ele e sobre a necessidade de renovação nas posições da denominação religiosa sediada no Vaticano. Lançado na última terça-feira (30), “Verdades Proibidas” (Editora Astral Cultural) traz à tona temas tabus para Igreja Católica, como a homossexualidade, a homofobia religiosa e o celibato. Em entrevista ao iGay , Padre Beto comentou sobre todos esses assuntos, apontando inclusive os casos de sacerdotes católicos que ‘escondem sua homossexualidade atrás da batina’. O religioso falou ainda sobre seu otimismo com a figura do papa Francisco, apesar de ter a convicção de que o pontífice não vai conseguir mudar a posição da Igreja sobre a comunidade LGBT. (Ig)

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