A Telexfree, acusada de ser a maior pirâmide
financeira do País, sofreu três novas derrotas nas suas tentativas de
reverter, emBrasília, o bloqueio de suas contas e atividades, que já
dura 72 dias. Tanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) como o Supremo
Tribunal Federal (STF) negaram os pedidos de liberação feito pelos
advogados da empresa neste mês. Com as
decisões, a Telexfree contabiliza 14 derrotas na ação que levou ao
congelamento de suas atividades em 18 de junho, por liminar (decisão
provisória) da 2ª Vara Cível de Rio Branco (AC) . Em Brasília, já são
quatro. Procurados, os
representantes da empresa informaram que não iriam se manifestar. Na
página da empresa numa rede social, eles disseram que entrariam com
novos pedidos. O Ministério Público
do Acre (MP-AC), que acusa a empresa de ser uma pirâmide financeira,
pediu o congelamento com o argumento de garantir a devolução do dinheiro
investido por cerca de 1 milhão de pessoas no negócio. Os
representantes da Telexfree negam irregularidades e dizem que a empresa
se sustenta com a venda de pacotes VoIP, e não com as taxas de adesão
pagas pelos associados. Como a
Justiça acreana não tem aceito os argumentos da defesa, os advogados da
Telexfree tentam levar o caso para os Tribunais superiores. Para tanto,
precisam que o Tribunal de Justiça do Acre(TJ-AC)
avalie como aceitáveis os pedidos de recurso especial e de recurso
extraordinário, que iriam respectivamente para o STJ e o STF. Os
advogados das empresas, entretanto, tentaram conseguir que o STJ ou o
STF descongelassem as contas e atividades da Telexfree antes mesmo que
essa análise fosse concluída. Isso foi feito por meio de uma medida
cautelar apresentada ao STJ e duas ações cautelares ao STF, logo depois
de sofrerem uma nova derrota no Acre.
Risco de quebra
Ao STJ, os advogados argumentaram que a empresa sofre risco de quebrar se o congelamento continuar em vigor. Mas isso não foi suficiente para convencer a ministra Isabel Gallotti, que já havia negado um pedido anterior da empresa . No atual, a magistrada sinalizou ainda que as chances da Telexfree no Tribunal são muito pequenas. Isabel escreveu que só poderia aceitar o recurso que liberaria imediatamente as contas da Telexfree se houvesse forte probabilidade de o STJ vir a analisar, mais tarde, o recurso especial da empresa. Para a ministra, não é o caso. No STF, o ministro Luís Roberto Barroso escreveu que não é possível aceitar o pedido de liberação das contas da Telexfree antes de o Tribunal de Justiça do Acre autorizar que o recurso extraordinário da empresa chegue ao STF. Por isso, negou uma das ações cautelares da empresa e extinguiu a segunda, por ser idêntica. Barroso elogiou, ainda, a decisão que bloqueou as contas da Telexfree. Para ele, a liminar analisou de maneira "minuciosa e bem fundamentada" a questão ao concluir pela necessidade do bloqueio. (Ig)
Risco de quebra
Ao STJ, os advogados argumentaram que a empresa sofre risco de quebrar se o congelamento continuar em vigor. Mas isso não foi suficiente para convencer a ministra Isabel Gallotti, que já havia negado um pedido anterior da empresa . No atual, a magistrada sinalizou ainda que as chances da Telexfree no Tribunal são muito pequenas. Isabel escreveu que só poderia aceitar o recurso que liberaria imediatamente as contas da Telexfree se houvesse forte probabilidade de o STJ vir a analisar, mais tarde, o recurso especial da empresa. Para a ministra, não é o caso. No STF, o ministro Luís Roberto Barroso escreveu que não é possível aceitar o pedido de liberação das contas da Telexfree antes de o Tribunal de Justiça do Acre autorizar que o recurso extraordinário da empresa chegue ao STF. Por isso, negou uma das ações cautelares da empresa e extinguiu a segunda, por ser idêntica. Barroso elogiou, ainda, a decisão que bloqueou as contas da Telexfree. Para ele, a liminar analisou de maneira "minuciosa e bem fundamentada" a questão ao concluir pela necessidade do bloqueio. (Ig)
0 comentários:
Postar um comentário