Foto: Reprodução
A
legislação brasileira não atende às exigências atuais de controle de
epidemias. "Temos tido mais sorte que juízo," a declaração é do médico
sanitarista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Luiz Carlos
Romero sobre a situação legislativa do Brasil frente a emergências
sanitárias. Segundo o pesquisador, mesmo com surto de gripe H1N1,
Congresso e governo ainda não encaminharam projetos para garantir o
combate às doenças. Romero diz que a dificuldade é percebida na hora em
que as autoridades sanitárias precisam tomar decisões em situações de
emergência. “Por exemplo, uma pessoa com uma doença grave e endêmica,
nos casos de emergência, pode ser internada mesmo contra sua vontade?”,
disse ao IG. De acordo com Romero, a situação nunca se tornou grave pelo
fato de as pessoas atenderem aos pedidos "de bom grado". "Daqui a
pouco, teremos outra epidemia e não sei se as autoridades terão respaldo
para atuar em situações mais grave. Temos um bom sistema de vigilância
sanitária, mas ele precisa de um respaldo legal que não tem. Nossa lei
sobre isso é muito antiga e foi criada antes do SUS", relatou.
0 comentários:
Postar um comentário