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sábado, 26 de julho de 2014

Conferência mundial da Aids recomenda legalizar a prostituição

26  de  julho  de  2014   Postador  por   jrnewsbahia:
Legalizar a prostituição seria uma maneira de tornar mais eficaz o combate ao vírus HIV e à Aids. Essa é a conclusão de uma série de sete estudos apresentados esta semana na 20ª Conferência Internacional sobre Aids, realizada em Melbourne (Austrália), e publicados na última terça-feira (22) pela revista científica britânica Lancet. A conferência começou com uma vigília em memória de seis cientistas que deveriam participar do encontro e morreram na queda do voo MH17, da Malaysia Airlines, na Ucrânia - e terminou, nesta sexta-feira, com “um minuto de barulho para Gabriela”, uma homenagem a Gabriela Leite, a prostituta brasileira falecida em 2013 que deu nome ao Projeto de Lei 4.211/2012, do deputado federal Jean Wyllys (PSOL/RJ). O projeto legaliza e regulamenta o trabalho sexual no Brasil. O documentário “Um Beijo Para Gabriela”, de Laura Murray, também foi exibido no último dia da conferência. “Com riscos elevados de HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis, trabalhadores sexuais enfrentam barreiras substanciais para acesso a serviços de prevenção, tratamento e cuidados, em grande parte por causa de estigma, discriminação e criminalização nas sociedades em que vivem. Essas injustiças sociais, legais e econômicas contribuem para o alto risco de essas pessoas contraírem HIV”, escreveram os editores da Lancet na introdução da série, que foi coordenada por Chris Beyrer, da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins.Bloomberg, de Nova York. Durante a conferência, Breyer foi anunciado como o novo presidente da Sociedade Internacional da Aids. Falando durante a conferência de Melbourne, os editores da Lancet Pamela Das e Richard Horton disseram que “onde o trabalho sexual é legalizado, como em Amsterdã, o foco da atividade policial está em reduzir a violência, proteger trabalhadoras sexuais e apoiar programas efetivos de combate ao HIV. Tal resposta iluminada reduz o risco e a vulnerabilidade dos trabalhadores sexuais ao HIV e deveria ser seguida em outros lugares. Esta série conclama os governos a descriminalizarem o trabalho sexual. Não há alternativa, se queremos reduzir o ambiente de risco enfrentado por mulheres, homens e pessoas transgênero em todo o mundo”. Steffanie Strathdee abordou o tema “Desfazendo mitos sobre trabalhadores sexuais e HIV”. Os seis mitos descritos são “o de que todos os trabalhadores sexuais são mulheres”, o de que “todos os trabalhadores sexuais são solteiros”, o de que “a maioria dos trabalhadores sexuais não quer crianças e tenta evitar a gravidez”, o de que “todos os trabalhadores sexuais foram traficados ou coagidos”, o de que “trabalhadores sexuais não usam e não usarão preservativos com clientes” e o de que “o trabalho sexual é ilegal e, portanto, programas não têm como ser implementados”. Segundo ela, “num estudo entre prostitutas de rua de Moscou, mais de 80% eram mães, das quais mais de 95% relataram que vendiam sexo para sustentar seus filhos”. Sobre a questão do tráfico de pessoas, o estudo nota que “a maioria dos trabalhadores sexuais não é traficada”. “A maior parte do tráfico humano é para exploração em trabalho.

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