Na Síria, cerca de 5 mil cristãos assírios abandonaram suas casas depois que o Grupo Estado Islâmico sequestrou mais de 220 pessoas nos ultimos três dias, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). De acordo com a Rede Assíria dos Direitos Humanos, baseada na Suécia, as vítimas são principalmente velhos, mulheres e crianças. Eles teriam sido levados para Chaddadah, uma cidade sob controle dos terroristas ao sul de Hassakah. O Grupo Estado Islâmico se apoderou de cerca de dez vilarejos cristãos na região de Tall Tamer, o que provoca o êxodo de seus moradores. Hassakah, assim como Qamishli, têm sido os principais destinos dessas pessoas. Estima-se que pelo menos mil famílias deixaram o extremo nordeste da Síria, na fronteira com a Turquia, por conta da ameaça extremista.
Reação - Para a Rede Assíria, o Estado Islâmico toma reféns para tentar trocá-los por jihadistas presos pelos curdos. O OSDH afirma que os sequestros são parte de uma vingança por uma ofensiva curda, apoiada pela coalizão internacional, na região de Hassakah. O Conselho de Segurança da ONU exigiu a liberação imediata e incondicional de todos os reféns. Em nota oficial, o Governo Brasileiro também condenou os sequestros e reiterou "seu total repúdio a quaisquer atos terroristas ou de violência, em especial aqueles direcionados a pacíficas populações civis". Leia abaixo a nota na íntegra. Os assírios constituem uma das mais antigas comunidades de cristãos convertidos. Antes do início do movimento contestatório que começou em 2011 e depois se converteu em guerra civil, cerca de 30 mil deles viviam na Síria. Propaganda jihadista - O grupo sunita radical, que sofreu uma série de derrotas nas últimas semanas no Iraque, lançou nesta quinta-feira (26) na internet uma "campanha internacional" de apoio ao "califato islâmico" proclamado em junho de 2014 por seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi. Um dos principais alvos da propaganda jihadista é a França: "Os 'lobos solitários' (como são chamados os terroristas que agem por conta própria) não vão parar de matar cada um de vocês. Vocês pagarão pelos insultos ao profeta Maomé", diz o texto, em referência ao ataque contra o jornal satírico Charlie Hebdo, em janeiro deste ano.
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