Morreu aos 32 anos o criador do desafio do balde de gelo, Pete Frates, que deu início a uma campanha mundial de arrecadação para pesquisas sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença rara que causa a degeneração do sistema nervoso até levar o paciente à morte. Até 2014, pouca gente conhecia esse tipo de esclerose, mas a ideia do americano, que lutava contra esse mal, tornou a ELA um dos principais assuntos nas redes sociais naquele ano. Antes de descobrir a doença, Frates jogaba beisebol no Lexington Blue Sox, em Boston. Ele percebeu que havia algo errado com seu corpo quando a dor de uma bolada no pulso não passou — primeiro indício dos sintomas que levariam ao diagnóstico, em 2012. Dois anos depois, ele já não andava nem falava.
Em 2014, o jogador de golfe Chris Kennedy desafiou uma prima, mulher de um portador de ELA, a jogar sobre o corpo um balde de gelo em troca de uma doação. O vídeo chegou a Frates pelas redes sociais, e ele enxergou naquilo um meio de impulsionar as pesquisas sobre a cura da doença. Ele e outro paciente, Pat Quinn, divulgaram o desafio: a pessoas teriam que doar dinheiro para pesquisas sobre a doença ou tomar um banho de gelo. A "prenda", porém, acabou incorporada à iniciativa, e a maioria dos doadores desembolsava a quantia e, com o recibo em mãos, virava o balde sobre a cabeça. No mesmo ano, o apelo motivou personalidades do mundo inteiro a, literalmente, tomar o banho de gelo. Personalidades como o cantor Justin Bieber; o CEO e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg; a modelo Gisele Bündchen; Bill Gates, fundador da Microsoft; e o jogador do Real Madrid Cristiano Ronaldo aderiram ao desafio e divulgaram vídeos nas redes.
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