Foto: Agif / Folhapress
Um mês depois do incêndio no alojamento das categorias de base no centro de treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro, a Polícia Civil pediu adiamento para concluir o inquérito sobre a tragédia. O fogo, ocorrido no dia 8 de fevereiro deste ano, acabou matando 10 jovens atletas e feriu outros três. As investigações estão sendo conduzidas pela 42ª DP, no Recreio dos Bandeirantes, e foi solicitado mais 30 dias ao Ministério Público para o desfecho das apurações.
Até o momento, 40 pessoas, entre sobreviventes, feridos, funcionários e dirigentes do Flamengo prestaram depoimentos. O clube também contratou o advogado criminalista Ricardo Petri para acompanhar o caso. O delegado Márcio Petra é o responsável pelo caso.
O Flamengo esclareceu alguns pontos como a comprovação que cada aparelho de ar-condicionado tinha o seu disjuntor. O Rubro-Negro carioca mostrou também, ao lado da empresa NHJ que foi responsável pela construção do contêiner, que o metal levava material antichamas. Internamente, o clube trabalha com a tese de que o incêndio foi causado por um curto-circuito gerado por picos de energia na região. O Rio de Janeiro foi atingido por um forte temporal na véspera da tragédia. Outra possibilidade seria um erro humano durante a manutenção dos seis aparelhos do módulo habitável, que foi feita quatro dias antes.
Já em relação às indenizações das famílias das vítimas, o Flamengo tem negociado individualmente com cada uma. O clube não chegou a um acordo com a Defensoria Pública oferecendo valores bem abaixo do mínimo estipulado pelo Ministério Público. A oferta do Rubro-Negro foi de R$ 700 mil por família e mais três salários mínimos por 10 anos. Já o MP recomendou R$ 2 milhões e mais R$ 10 mil até que as vítimas completassem 45 anos se estivessem vivas.
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