Foto: Reprodução / YouTube
O advogado Geovani Doratiotto, 29, presidente do PT de Atibaia (SP), foi agredido e teve seu braço quebrado em uma ação de policiais dentro da delegacia central da cidade na tarde de domingo (3).
Doratiotto, que usava uma camiseta com a inscrição "Lula livre", diz ter sido levado para lá após ser agredido por um grupo em um bloco de Carnaval -Bonecões de Atibaia.
A ação dentro da delegacia foi filmada por sua namorada, as imagens foram encaminhadas à Ouvidoria das Polícias de São Paulo e os PMs envolvidos foram afastados de atividades de rua. A Secretaria da Segurança Pública diz que vai apurar a conduta deles e que Doratiotto foi levado à delegacia após agredir pessoas.
Doratiotto, que usava uma camiseta com a inscrição "Lula livre", diz ter sido levado para lá após ser agredido por um grupo em um bloco de Carnaval -Bonecões de Atibaia.
A ação dentro da delegacia foi filmada por sua namorada, as imagens foram encaminhadas à Ouvidoria das Polícias de São Paulo e os PMs envolvidos foram afastados de atividades de rua. A Secretaria da Segurança Pública diz que vai apurar a conduta deles e que Doratiotto foi levado à delegacia após agredir pessoas.
O dirigente do PT diz que estava no bloco de Carnaval fazendo uma campanha contra assédio. "Um grupo começou a nos provocar, a mim especialmente, por estar com a camiseta do Lula livre", afirma.
O advogado -que teve seu úmero fraturado e perdeu temporariamente parte dos movimentos da mão esquerda-- diz ter sido chamado de satanás devido à camiseta.
Afirma que, após se afastar de amigos, foi abordado pelo grupo que, diz ele, era apoiador de Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo Phamella Dal Bello, namorada de Doratiotto, um deles deu um soco no olho dele e outros passaram a dar chutes na cabeça e costelas.
O dirigente do PT afirma ter sido retirado do bloco de Carnaval por agentes da guarda municipal e orientado a prestar queixa após atendimento na Santa Casa. Ele diz que, na chegada ao local, voltou a ser cercado pelo mesmo grupo.
Doratiotto afirma ter sido arrastado então por um PM, imobilizado com duas algemas e levado para a delegacia.
No distrito policial, diz que se identificou como advogado e questionou a utilização de algemas. Segundo ele, após um policial dizer que aquilo ainda era pouco, sua namorada começou a gravar as cenas.
Diante de policiais e funcionários da delegacia, Doratiotto foi imobilizado por três homens, sendo dois PMs fardados. Enquanto um o segurava, outro torceu o seu braço, provocando forte estalo.
O advogado foi encarcerado e diz que, enquanto se queixava de dor, ouvia ameaças de policiais. Foi conduzido ao hospital, mas, em seguida, PMs que o agrediram o levaram de volta à delegacia.
Por volta das 2h30, Doratiotto foi liberado mediante pagamento de fiança de R$ 1.000.
Além da Corregedoria da PM, a assessoria jurídica do PT acionou a Promotoria e a OAB. "As imagens falam por si", afirmou Cleiton Coutinho, advogado que é um dos autores da representação.
O Ouvidor da Polícia, Benedito Mariano, disse que solicitou ao corregedor-geral da PM que ele envie a investigação do caso para São Paulo.
"Além da agressão, vamos analisar a motivação da agressão. Se foi por motivo político é grave. Policiais não podem se envolver em questões políticas na atividade de rua."
Em nota, a PM informou que a imobilização de Doratiotto ocorreu após o delegado pedir ajuda dos PMs devido às ações de "desacato, desobediência e resistência".
Segundo nota da corporação, foi "necessária a aplicação da técnica de defesa pessoal para imobilizar (chave tática) e conduzir o indivíduo até a referida cela".
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