Foto: Cristiane Cardoso / G1
A
Polícia Civil do Rio indiciou na noite desta terça-feira (1º) dez
policiais militares pelo desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza,
de 43 anos, morador da Rocinha, na zona sul do Rio. Eles são acusados de
sequestro seguido de morte e ocultação de cadáver. A polícia também
pediu a prisão preventiva dos PMs. Amarildo desapareceu na favela em 14
de julho passado, depois de detido por PMs da Unidade de Polícia
Pacificadora (UPP) local. O sumiço virou palavra de ordem em passeatas
ocorridas em todo o país. Artistas como o cantor Caetano Veloso e o ator
Wagner Moura foram a público cobrar do governador do Rio, Sérgio Cabral
(PMDB), esclarecimentos sobre o destino do pedreiro. Manifestantes
perguntavam em coro, durante protestos na frente do prédio de Cabral, no
Leblon, zona sul: "Cadê Amarildo?". O delegado Rivaldo Barbosa, da
Divisão de Homicídios, entregou o relatório do inquérito, com 180
páginas, ao promotor Homero Freitas na noite desta terça. Entre os dez
indiciados estão o major Edson Santos, comandante da UPP quando Amarildo
sumiu, e os PMs Douglas Roberto Vital Machado, Jorge Luiz Gonçalves
Coelho, Marlon Campos Reis e Victor Vinícius Pereira da Silva. Em
depoimentos ao longo do inquérito, todos negaram envolvimento no sumiço
do pedreiro. Eles afirmaram ter liberado Amarildo após constatar que ele
não era procurado pela Justiça. Nem a Polícia Civil nem a Secretaria de
Segurança Pública do Estado do Rio tinham revelado os nomes de todos os
acusados até o final da noite.
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